Secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, não aceitou o adiamento

Mesmo com a ameaça de greve do transporte coletivo, motivada pela insegurança causada pelos ataques a ônibus, a Secretaria de Estado da Educação manteve o início das aulas da rede estadual para esta quinta-feira (14). Somente na Grande Florianópolis, mais de 26 mil estudantes utilizam-se do transporte coletivo todos os dias para ir e vir do colégio ou universidade. O cenário, entre os alunos, é de medo no retorno à aula. O receio é ficar sem ônibus ou, na pior das hipóteses, ser uma vítima dos ataques.

Para o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, o início das aulas não será adiado para não interferir no calendário escolar. Além disso, uma reunião entre ele, o governador do Estado, Raimundo Colombo, e representantes dos órgãos de segurança definiram que não há problemas em começar as aulas. “Fizemos o pedido por mais escolta nas áreas escolares”, confirmou o secretário. A única dúvida ainda está com o início das aulas do período noturno. Deschamps garantiu que aguardará a assembleia do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público da Grande Florianópolis). “Faremos uma reavaliação do caso, se houver uma definição pela greve”, disse.

O Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) de Santa Catarina é contra a medida do governo. Na tarde de quarta-feira, representantes protocolaram um pedido de adiamento das aulas justificado pela falta de segurança. Segundo o Sindicato, não haveria problemas com o calendário letivo.