Ataques no Estado: Governador firma ação conjunta com Ministério da Justiça
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Colombo acerta ação conjunta com Ministério da Justiça para conter violência no Estado. (Fotos: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)
A qualquer momento podem ser tomadas atitudes para combater a violência e garantir a segurança da população.
Nesta quarta-feira (6), o governador Raimundo Colombo se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Brasília, com o objetivo de fortalecer as ações de enfrentamento aos ataques a ônibus ocorridos nos últimos dias em Santa Catarina. Na ocasião, foram definidas atitudes conjuntas que podem ser tomadas a qualquer momento para conter a violência e garantir a segurança da população.
De acordo com o ministro, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e 300 vagas em presídios federais de segurança máxima estão disponíveis. Colombo ressaltou: “Vamos estreitar a relação entre os governos, principalmente na questão da inteligência. Faremos a integração de forças e seremos firmes no combate”.
O governador destacou também que Santa Catarina é um dos estados mais seguros do País e, afirmou que para continuar garantindo a segurança, colocou todo o efetivo nas ruas, fortalecendo, principalmente, os pontos críticos. Colombo assegurou que os visitantes e a população local poderão passar o Carnaval tranquilos.
A transferência de presos envolvidos nos atentados não foi descartada, no entanto, para o governador, deve ser feito um aprofundamento das informações dos setores de inteligência policial para avaliar se é necessário ou não reforço para o Estado e em quais locais. A análise também irá verificar se há necessidade de transferir 30 detentos considerados líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) para penitenciárias federais em regime diferenciado, presídios onde há uma série de restrições de comunicação e comportamento.
“Assumo o compromisso de auxiliar com todas as possibilidades o Governo de Santa Catarina”, disse o ministro José Eduardo Cardoso. Ele destacou uma ação de extrema urgência, e salientou que todas as medidas estão sendo pensadas “para ontem”. Por fim, assumiu o compromisso de auxiliar o Governo do Estado em todas em todas as possibilidades.
De acordo com a repórter Silaine Bohry, da Rede de Notícias Acaert, em Brasília, o governador afirma que um dos problemas dos ataques em Santa Catarina está relacionado ao aumento do número de presos nas cadeias do Estado. Há alguns anos, o Estado tinha sete mil presos. Hoje, tem 17 mil. Raimundo Colombo afirma que a atuação rigorosa do Estado no combate ao crime tem incomodado os líderes dos presos. Além disso, o governo tem profissionalizado os detentos. Mais de seis mil estão trabalhando e saindo do controle destas gangues.
Raimundo Colombo falou, ainda, sobre outras medidas que foram tomadas em virtude dos ataques: autorização de concurso público para contratação de mais 1,5 mil policiais militares e 300 agentes penitenciários; realização de curso de aperfeiçoamento para mil policiais; inauguração, nos últimos seis anos, de seis nova unidades prisionais, somando cerca de 3 mil novas vagas; aumento do efetivo da segurança pública; queda pela metade do índice de evasão do sistema prisional e aumento para 6 mil no número de detentos trabalhando dentro dos presídios.
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