São Miguel do Oeste fecha ciclo de debates sobre empreendedorismo feminino
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(Fotos: FOTO: Solon Soares/Agência AL)
A etapa de São Miguel do Oeste do Fórum da Mulher Empreendedora contou com um público de cerca de 150 pessoas
O auditório do Centro Comercial Chaplin, em São Miguel do Oeste, ficou lotado na noite desta quinta-feira (21) para a realização do Fórum da Mulher Empreendedora. O evento marca a etapa final de um ciclo de debates, realizados em diversos municípios catarinenses, visando reconhecer e incentivar a participação feminina no setor econômico do estado.
A promoção é Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa, em parceria com o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SC), sob a realização é da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.
Na abertura, o deputado Marcos Vieira (PSDB), que preside a Comissão de Finanças, afirmou que a grande participação do público no Fórum, que também percorreu os municípios de Cocal do Sul, Monte Carlo, Concórdia e Santo Amaro da Imperatriz, o qualifica a se tornar uma ação perene da Alesc.
“Saio daqui satisfeito e com a ideia fixa de propor ao presidente da Assembleia Legislativa que possamos realizar esse ciclo de debates não só em março, que é o Mês das Mulheres, mas durante todo o ano, pois precisamos, sim, levar as mulheres a serem empreendedoras.”
Coragem e persistência
Em São Miguel do Oeste participaram gestoras e profissionais de diversas áreas, tais como Psicologia, Administração e Educação, que ministraram palestras e apresentaram suas experiências de vida.
A psicoterapeuta Neiva Santi, que possui especialização em Psicologia Transpessoal, ministrou a palestra “Os códigos da Prosperidade no Universo Feminino”. O conteúdo, disse, tem caráter motivacional e foi construído a partir de estudos e observações clínicas, mas também de suas vivências pessoais.
Na apresentação, que aborda temas como aceitação e doação pessoal, um dos principais ensinamentos repassados foi a importância da mulher voltar o olhar para si mesma e procurar descobrir o que necessita para viver e alcançar o equilíbrio interior.
“Entendi que falta um roteiro para que a mulher consiga se autoperceber, se autocuidar, se autovalorizar e desenhar a sua trajetória, a sua carreira, trazendo essa integração, trazendo a harmonia em todos os papéis que ela desempenha.”
Já Rosemeri Fátima Lazaroto, abordou a questão da mulher enquanto empreendedora. Gestora do setor privado e consultora vinculada ao Sebrae, Rosemeri pontuou que as mulheres já são naturalmente laboriosas e desenvoltas, em função dos desafios que enfrentam no dia a dia, bastando lançarem-se na iniciativa de um negócio próprio.
Como conselhos a quem estiver buscando este objetivo de vida, ela apontou, sobretudo, coragem e persistência.
“O grande desafio para uma mulher se tornar empreendedora é acreditar em si, em primeiro lugar. Também persistir, não desistir. Então, para empreender é preciso que você acredite no seu sonho. Precisa ter força, fé e coragem, porque os desafios vêm e a gente precisa estar preparada. A gente ouve muito não, mas precisamos acreditar no nosso potencial e correr atrás dos nossos sonhos.”
Já Cris Zanatta, falou de sua trajetória no setor público. Graduada em Pedagogia, com pós-graduação em Gestão Pública e em Educação Infantil, Cris é professora e atualmente exerce mandato de vereadora em São Miguel do Oeste.
Segundo disse, o começo na carreira pública aconteceu de forma anônima e voluntária, motivada pelo desejo de atuar em prol da população, o que a fez alcançar a posição de liderança comunitária.
Ela também é da opinião que as mulheres são naturalmente vocacionadas para o empreendedorismo, razão pela qual procura estimular o aumento da participação delas no comando do município.
“Eu costumo dizer que o empreendedorismo feminino já vem nato na mulher. Quando a mulher gera um ser, ela está gerando uma vida e isso é o melhor empreendimento que a pessoa consegue dar para a humanidade. Além disso, a gente tem focado, sim, nessa questão das mulheres participarem, de serem seres pensantes, ativas, para que façam parte também das decisões da nossa cidade.”
Alexandre Back
AGÊNCIA AL?
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