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. (Fotos: Divulgação)
Nesta época crescem os casos de conjuntivite alérgica e olho seco no período de polinização
Com a chegada da primavera em setembro, Santa Catarina vê não só o florescimento de suas paisagens, mas também uma elevação perceptível nos atendimentos oftalmológicos relacionados às alergias oculares. *Entre as manifestações mais recorrentes estão a conjuntivite alérgica e o olho seco, condições que se intensificam nesse período devido ao predomínio da polinização e à maior concentração de alérgenos suspensos no ar, como destaca a Sociedade Catarinense de Oftalmologia (SCO).
Dados epidemiológicos mostram que, na primavera, cerca de 12% a 16% das consultas oftalmológicas no Sul do Brasil ocorrem por conjuntivite alérgica (Giuberti Jr et al., Rev Bras Oftalmol, 2020; ASBAI, 2024). O índice elevado na região é explicado pelo clima frio e úmido, alta prevalência de rinite e asma , presença frequente de poluentes e diversidade de pólens, fatores que favorecem quadros alérgicos, inclusive oculares. A conjunção desses elementos contribui para que os índices de alergias, incluindo as oculares, se mantenham elevados em Santa Catarina e demais estados do Sul.
O oftalmologista Dr. André Augusto Frutuoso, presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmologia, ressalta que, no início da primavera, é particularmente comum observar nos consultórios sintomas como coceira ocular, vermelhidão, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos, refletindo relação entre exposição ambiental e desconforto visual. “Cerca de 20% dos brasileiros apresentam algum tipo de alergia, e a conjuntivite alérgica se destaca especialmente nesse cenário sazonal”, observa o especialista.
Além disso, é importante considerar que os mesmos agentes que desencadeiam crises de conjuntivite alérgica frequentemente deflagram ou agravam o olho seco. Isso ocorre porque a inflamação provocada pelos alérgenos compromete a superfície ocular e interfere na qualidade da lágrima, prejudicando a lubrificação dos olhos e amplificando o desconforto.
Diante desse panorama, recomenda-se a adoção de práticas preventivas orientadas pela Sociedade Catarinense de Oftalmologia, como evitar locais com alta concentração de pólen e poeira, especialmente nos dias em que o vento favorece a dispersão desses elementos, manter acompanhamento regular com oftalmologista, em particular quando há histórico prévio de alergias, e não utilizar colírios sem prescrição médica. Diante de sintomas persistentes ou intensos, a busca por avaliação especializada de um médico oftalmologista é fundamental* para evitar complicações e garantir o tratamento adequado.
A Sociedade Catarinense de Oftalmologia reforça, por fim, a importância da informação e da vigilância constante ao longo da estação, lembrando que pequenas mudanças de hábito e acompanhamento profissional podem preservar a saúde ocular e proporcionar mais conforto e segurança para todos.
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