
Kamila Rodrigues da Silva assume interinamente a presidência do CREA-SC e destaca avanços da presença feminina na engenharia

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. (Fotos: Foto: Vanessa Karine // RCN Online)
Engenheira é a primeira mulher do Sul catarinense a ocupar o cargo, mesmo que temporariamente
A engenheira Kamila Rodrigues da Silva assumiu interinamente a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) nesta quarta-feira, 18 de junho. Ela ficará no cargo até o dia 30 deste mês e é a primeira mulher do sul do estado a ocupar a presidência do órgão, ainda que em caráter temporário.
Kamila atua no sistema desde 2014 e considera a nomeação uma conquista não apenas pessoal, mas também institucional. Segundo ela, o fato de uma profissional do sul catarinense assumir o posto simboliza o reconhecimento da região e também representa um avanço para a presença feminina em espaços de liderança na área tecnológica.
“Sempre trabalhamos desde a formação para assumir esse posto. É uma grande importância, não só por ser a primeira vez que o sul ocupa essa posição, mas também por ser uma mulher na presidência”, afirma.
Durante os 15 dias de mandato, Kamila reforça que as ações seguem voltadas ao fortalecimento da engenharia e da atuação dos profissionais registrados no Conselho. Um dos destaques será a realização do evento em comemoração ao Dia da Mulher na Engenharia, no próximo dia 23 de junho, às 19h. A programação contará com palestra e homenagens a mulheres que se destacaram nas áreas da engenharia, geociências e agronomia em Santa Catarina. As inscrições estão abertas no site do CREA-SC.
Ao falar sobre a participação feminina na engenharia, Kamila destaca avanços, mas reconhece que ainda existem barreiras. Ela cita o fato de que apenas cerca de 17% dos engenheiros registrados no estado são mulheres, o que torna a ocupação de espaços de decisão um desafio constante. “Hoje nós já temos quatro diretoras na diretoria: a primeira vice, a segunda vice e a diretora financeira. Mas o número de engenheiras no estado ainda gira em torno de 17%, então ainda somos minoria”, explica.
Segundo Kamila, uma das principais dificuldades enfrentadas por mulheres na área é a necessidade de comprovar diariamente sua competência técnica, apesar de sua qualificação. “A mulher precisa provar todos os dias que consegue fazer o trabalho. Não por ser mulher, mas por ser uma excelente profissional. Esse ainda é um dos maiores obstáculos”, argumenta.
A engenheira também falou sobre o CREA Summit 2025, evento que deve reunir milhares de profissionais da área em Balneário Camboriú. A programação terá início na noite do dia 25 de julho com uma palestra magna e seguirá no dia 26 com painéis, oficinas e atividades voltadas à engenharia, agronomia, geociências e à presença feminina no setor. As inscrições estão disponíveis no site do CREA.
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