
Bandeiras Tarifárias e a importância do uso consciente para economizar na conta de energia, por Felipe Volkmer

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. (Fotos: Foto: ASCOM)
Volkmer é assessor da Diretoria de Gestão de Energia e Regulação da Celesc
Santa Catarina possui uma das menores tarifas de energia elétrica do Brasil, fruto de uma gestão eficiente e investimentos em infraestrutura de geração e distribuição, além da diversificação da matriz energética. Ainda assim, o sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), impacta diretamente no valor final da conta de luz.
Embora o catarinense seja reconhecido por seu perfil responsável e bom histórico de adimplência — comportamento que contribui com a qualidade e continuidade dos serviços —, em períodos como este é essencial economizar e usar a energia de forma racional. Evitar banhos longos e em horários de pico, bem como o uso constante de aquecedores e ar-condicionado, pode fazer diferença.
Em vigor desde 2015, as bandeiras funcionam como um alerta sobre o custo de geração de energia no país. Este mês a bandeira vermelha foi ativada, indicando que o Brasil enfrenta um período de geração mais cara, geralmente causado pela baixa nos reservatórios das hidrelétricas e pela necessidade de acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado. Nesse contexto, as distribuidoras apenas aplicam a bandeira estabelecida pela agência, sem lucro sobre o valor.
A cor da bandeira é definida mensalmente pela ANEEL com base em critérios técnicos e regulatórios, incluindo previsões climáticas e demanda de energia. As faixas são: Verde (sem acréscimo), Amarela (R$ 1,885 por 100 kWh), Vermelha Patamar 1 (R$ 4,463) e Vermelha Patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh).
Cabe ao consumidor encarar o sistema como ferramenta de sinalização e equilíbrio econômico. Em momentos como o atual, ele garante a continuidade do fornecimento de energia e reforça a importância do seu uso consciente, mesmo no estado que detém uma das menores tarifas da federação.
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