
Santa Catarina integra projeto nacional pioneiro

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Centro de inovação em Lagoa Santa receberá contribuições de Santa Catarina (Fotos: Sebastião Jacinto Junior)
Iniciativa conta com o apoio do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura e Processamento a Laser de Joinville
O Brasil dá um passo importante rumo à autonomia na produção de insumos críticos para setores como energia limpa e mobilidade elétrica. Inaugurada em Minas Gerais, primeira unidade com laboratório-fábrica de ímãs de terras raras do hemisfério sul conta com participação estratégica de Santa Catarina, que contribui com tecnologia de ponta desenvolvida pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura e Processamento a Laser de Joinville.
A entrega do Centro de Inovação e Tecnologia para Ímãs de Terras Raras (CIT SENAI ITR) consolida um passo decisivo para a autonomia tecnológica do Brasil. Por meio dele, será possível ter o ciclo completo de produção brasileira de ímãs de terras raras, segundo o diretor regional do SENAI/SC, Fabrízio Pereira.
“O projeto contribui com a soberania tecnológica nacional e, sobretudo, com a indústria. Neste contexto, a participação catarinense é estratégica, especialmente na área de desenvolvimento e aplicação de tecnologias industriais avançadas, conectando o polo de inovação de Santa Catarina ao esforço nacional para consolidar uma cadeia produtiva completa — da mineração à manufatura”, frisa Pereira.
O Centro de Inovação será a base do MagBras, projeto que reunirá 28 empresas e seis instituições de ciência e tecnologia, entre elas o Instituto de Joinville, formando uma rede robusta dedicada à tecnologia, inovação e sustentabilidade. O pesquisador-chefe do Instituto SENAI em Joinville, Luís Gonzaga Trabasso, acompanhou a entrega do centro de inovação em Lagoa Santa, no dia 22.
O centro de inovação imas de terras raras
Entrega é passo importante rumo à autonomia na produção de insumos para setores como energia limpa e mobilidade elétrica. Foto: Sebastião Jacinto Junior
O centro simboliza uma inflexão importante na trajetória do país, que busca reduzir a dependência de mercados externos, como a China, responsável atualmente por mais de 80% do fornecimento mundial de terras raras. O Brasil possui cerca de 23% das reservas conhecidas desses elementos, mas a industrialização da cadeia produtiva ainda é incipiente.
Além da infraestrutura de ponta para processamento e manufatura, o CIT SENAI ITR também conecta diferentes polos de competência do SENAI, integrando expertises em química, metalurgia e meio ambiente.
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