TCE/SC faz recomendações ao Governo ao analisar a execução financeira e orçamentária do Executivo catarinense

A frequente sobra de recursos previstos no Orçamento do Estado para ações de defesa civil — em 2022, 61%; em 2021, 57%; e em 2020, 60% — levou o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) a acompanhar, mais de perto, a execução financeira e orçamentária do Executivo catarinense, na subfunção “defesa civil”, nos exercícios de 2023 e de 2024. A realização da fiscalização (@ACO-23/80110209) foi determinada pelo relator do meio ambiente, conselheiro José Nei Ascari, no ano passado.


“Acompanhar e avaliar referidas folgas orçamentárias permitirá abrir a oportunidade de utilizar o excedente em ações de prevenção”, enfatiza o conselheiro, em seu relatório, ao destacar a importância de serem avaliadas as causas do excedente orçamentário, que, segundo ele, podem ser em função da não ocorrência de situações emergenciais imprevistas, do dimensionamento equivocado de necessidade de recursos ou da não execução de ações programadas, entre outros motivos. O processo foi apreciado pelo Pleno, na sessão ordinária presencial desta quarta-feira (26/6).


Dados apurados pela Diretoria de Contas de Gestão (DGE) do TCE/SC, no Portal da Transparência do Executivo estadual, revelam que, de 2020 a 2023, deixaram de ser aplicados, em ações de defesa civil, R$ 265.471.103,62 (Quadro: saldo orçamentário na subfunção Defesa Civil). O valor considera as dotações previstas para a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa Civil (SPDC), o Fundo Estadual de Proteção e Defesa Civil, o Fundo de Melhorias do Corpo de Bombeiros Militar, o Fundo Estadual de Promoção Social e Erradicação da Pobreza e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina.


De acordo com informações levantadas pela DGE, no primeiro quadrimestre de 2024, foram executados 19,57% dos R$ 216.976.095,59 previstos no Orçamento, sendo liquidados R$ 42.457.898,08. “Se o ritmo for igual nos demais quadrimestres do ano, o percentual executado será de cerca de 60%, abaixo, novamente, da dotação orçamentária prevista”, ressaltam auditores fiscais de controle externo da Diretoria. “No entanto, o Estado poderá, a qualquer momento, aumentar o ritmo de execução e chegar próximo aos 100% desejados”, esclarecem.

Tags

  • Defesa Civil
  • Santa Catarina