Não há possibilidade de o país crescer se não valorizar a sua própria indústria, diz Alckmin
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Seminário promovido pela CNI, em Brasília (Fotos: Divulgação CNI)
O presidente da República em exercício participou nesta terça-feira de seminário sobre Políticas Industriais no Brasil e no Mundo"
Presente à mesa de abertura do seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, realizado nesta terça-feira, 6, o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, destacou que não há possibilidade de o país crescer se não valorizar a sua própria indústria.
“Não tem desenvolvimento social e econômico, ganho de renda e salários de maior valor se não tiver sua indústria, que está na ponta da vanguarda tecnológica”, afirmou. “Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico”, acrescentou Alckmin, que comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Léo de Castro, anfitrião do evento realizado em Brasília, afirmou que a nova política industrial trará crescimento econômico e bem-estar para a população brasileira.
Ele alertou que o sucesso do programa Nova Indústria Brasil (NIB) depende da união de forças entre o governo, a indústria e academia, e da priorização de políticas verdes.
“Não é exagero dizer que o país está diante de uma oportunidade histórica de transformar a indústria e a economia nacional”, enfatizou.
Para o dirigente da CNI, a indústria tem um enorme poder de irradiar prosperidade em todos os campos e atividades econômicas, como a agropecuária, o comércio e o setor de serviços.
“Um país desenvolvido reconhece a indústria como uma vertente central para o desenvolvimento. O Brasil já perdeu muito tempo e desperdiçou muitas oportunidades. As consequências de não se ter uma política industrial estão todas aí”, destacou Castro.
Segundo ele, a falta de uma política de Estado que apoiasse e valorizasse a indústria nacional contribuiu, de forma decisiva, para o baixo crescimento do Brasil nas últimas quatro décadas. “A NIB vem preencher essa lacuna, com um projeto que parte das demandas atuais da sociedade brasileira e mobiliza a indústria a buscar soluções para esses desafios”, disse.
Políticas verdes
O vice-presidente da CNI alertou para a importância central da agenda de descarbonização para a política industrial. Para ele, o país precisa pensar em ser mais do que um produtor de energia verde, como uma nova commodity, mas trabalhar para usar as fontes renováveis como vantagem competitiva.
Atualmente, 83,7% da energia do país vem de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 29%. “Além da crescente oferta de energia eólica, solar e de outras fontes renováveis, o Brasil tem projetos ambiciosos para a produção de hidrogênio de baixo carbono”, observou.
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Léo de Castro alertou para as políticas verdes e o potencial da indústria brasileira em seminário realizado pela CNI (Divulgação CNI)
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