Santa Catarina, que é referência nacional na ampliação do ensino fundamental de nove anos na rede pública, estará novamente representada nesta quinta (16) e sexta-feira (17) em mais um encontro em Brasília para discussão do novo modelo.
Pela quarta vez, o gerente de Ensino Fundamental da Secretaria de Estado da Educação (SED), Isaac Ferreira, auxiliará no debate. O encontro fecha uma série de discussões sobre a implementação do novo modelo promovidas pela Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Nacional de Educação.

Pelo menos 20 integrantes do grupo de trabalho, formado por representantes de vários Estados brasileiros, vão participar das discussões durante os dois dias. De acordo com o Prof. Isaac, "O Estado tem participado ativamente na criação de uma proposta nacional". Goiás e Minas Gerais, segundo ele, foram os primeiros a adotar o ensino fundamental com ingresso da criança aos 6 anos de idade, antes de 2007.

Neste mesmo ano, foi a vez de Santa Catarina aderir à proposta de ensino, em atendimento à Lei nº 11,274, de 2006. O ano de 2010 é o prazo limite estabelecido pelo MEC para a adesão dos demais estados ao novo modelo educacional.

Durante os encontros que estão sendo realizados na Capital Federal, os especialistas em Educação também têm debatido sobre a Emenda Constitucional nº 59, de 2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da escolaridade dos 4 aos 17 anos.

Com a nova norma, o ensino médio passa a ser obrigatório na rede pública e o Estado, além de oferecer vagas aos alunos, tem de garantir o ingresso de todos os adolescentes dessa faixa etária nesse nível de ensino. "Em síntese: nenhum jovem com idade entre 4 e 17 anos pode estar fora da escola", destaca Isaac Ferreira. "O debate deve sempre privilegiar as metas básicas das crianças e dos adolescentes", complementa o gerente.

Temas do encontro

Entre os assuntos que serão abordados durante o evento em Brasília estão a rotina do trabalho junto às crianças, avaliação e registro dos processos de aprendizagem das crianças, metas de aprendizagem e planejamento do ensino em alfabetização, sala de aula e biblioteca escolar como espaços de leitura e escrita por parte das crianças.

Também haverá mesas de discussão sobre currículo e avaliação no ciclo da alfabetização, relato de experiências sobre o trabalho pedagógico na alfabetização, discussão e elaboração de orientações pedagógicas nacionais, entre outros.