O reajuste das mensalidades escolares, mais uma vez, subirá acima da inflação projetada para 2010. A boa notícia é que o catarinense paga menos para ter acesso a um ensino de qualidade, se for comparado com os valores cobrados em colégios similares de outros estados.
A reportagem comparou os preços das mensalidades do terceiro ano do Ensino Médio e da 8ª série do Ensino Fundamental das 10 escolas particulares catarinenses mais bem colocadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, com os respectivos rankings de Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mesmo em relação aos demais estados do Sul, que obtiveram desempenho geral parecido na prova, as escolas de Santa Catarina apresentam a melhor relação custo-benefício. Na média, os pais ou responsáveis catarinenses desembolsarão R$ 550,49 mensais em mensalidades para alunos do terceirão em 2011, por exemplo. A quantia é 36% menor do que devem gastar paranaenses (R$ 750,67) e 19% abaixo do que pagarão gaúchos (R$ 654,17). Isso significa uma economia anual de até R$ 2,4 mil por aluno apenas em mensalidades.
Um caso concreto é comparar as escolas número um de cada Estado. Na Associação Educacional Luterana Bom Jesus (Ielusc) de Joinville, frequentar o último ano do ensino médio custará R$ 612 por mês em 2011. O preço está 10% menor do que cobrará o Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba (R$ 673,33) e 36% mais em conta que no Colégio Sinodal, da cidade gaúcha de São Leopoldo (R$ 834). Sem levar em conta itens como taxa de matrícula e material escolar, a diferença chega a R$ 2.650 em um ano.
Se a comparação for feita com as escolas do eixo Rio-São Paulo, essa diferença, que já não é desprezível, cresce significativamente. Doze das 20 melhores instituições de ensino no Enem 2009 estão na Região Sudeste. No Rio de Janeiro, o Colégio de São Bento, melhor desempenho do país, ainda não divulgou a tabela para 2011, mas a mensalidade cobrada para alunos do terceirão foi de R$ 1.917 este ano. A variação da nota foi de apenas 8,35% em relação ao resultado da Ielusc, mas o preço é 213% mais caro.
Em São Paulo, onde as escolas mais tradicionais não custam menos do que R$ 2 mil e a concorrência é tão grande que, em alguns casos, são realizados os chamados vestibulinhos três meses antes do fim do ano letivo, a diferença de preço pode bater nos 350%.
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