Das 1.335 escolas públicas da rede estadual, seis apresentaram problemas de infraestrutura devido às fortes chuvas que ocorreram no Estado uma semana antes do início das aulas. O secretário da Educação em exercício, Eduardo Dechamps, explica que as obras de reconstrução e reparos já foram providenciadas e a situação será normalizada até a próxima semana. “Estas escolas terão um calendário diferenciado, mas não deixarão de cumprir os 200 dias letivos, conforme determina a legislação”, ressalta.

Dentre as áreas mais atingidas, duas unidades de ensino são da região de Jaraguá do Sul. Na EEB Lauro Zimermann, em Guaramirim, a situação foi normalizada e as aulas começaram hoje, dia nove. Quanto à EEB Julius Karsten, no próprio município de Jaraguá, as atividades vão começar na segunda-feira (14).

No município de Mirim Doce, a EEB Bruno Heinrich foi bastante prejudicada. A enxurrada afetou toda a escola. Foi feito um relatório das perdas e das necessidades e a Secretaria da Educação está viabilizando recursos junto ao Governo estadual para a reconstrução da escola. No entanto, a previsão é de que também comecem as aulas no dia 14, como a EEB Tiradentes, de Porto Belo.

As aulas na EEB Presidente Roosveeldt, em Florianópolis, iniciarão no dia 21, pois as obras de reforma geral, que começaram no final do ano passado, estão em fase de conclusão. Na outra escola da Capital, a Jacó Anderle, que está servindo de abrigo à comunidade vizinha, de Papaquara, a situação foi resolvida ontem, após reunião com representantes da Defesa Civil, das Secretarias da Educação e a de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis.

Participaram também da reunião os diretores e representantes da Gerência Regional de Educação e Assistência Social da Prefeitura Municipal, ficando acordado que até quinta-feira, 10, todas as famílias serão retiradas das dependências da unidade e, na sexta-feira, 11, a Prefeitura fará a limpeza do local, deixando o espaço em condições para o início das aulas que acontecerá segunda-feira, 14.

Segundo Dechamps, as medidas emergenciais articuladas pela Secretaria da Educação permitirão que a situação seja resolvida para os cerca de 3.500 alunos que estão sem aulas nessas unidades.

Chamada de ACTs: A Diretoria de Desenvolvimento Humano, responsável pela contratação dos profissionais da educação, explica que para completar o quadro de professores das escolas, além dos 17 mil docentes efetivos, foram chamados 6.020 professores em caráter temporário (ACTS). De acordo com a diretora Elizete Melo, restaram cerca de 1.000 profissionais para a segunda chamada que acontecerá de 14 a 18 de fevereiro. Poderão surgir novas vagas nos casos de readaptação, licenças–prêmio, tratamento de saúde, gestação, aposentadorias ou desdobre de turmas, alerta Rossano Paulo Júnior, técnico da Diretoria. “A partir desta data, para cada vaga que surgir, haverá uma nova chamada. Assim a situação será normalizada”, afirma.