representantes da educação básica, profissional e superior de Santa Catarina vão discutir propostas para a construção de um sistema articulado de educação e do novo Plano Nacional de Educação
A etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Educação (Conae) iniciou nesta terça-feira (13), em Florianópolis, com a presença de aproximadamente 1 mil representantes da educação básica, profissional e superior de Santa Catarina. Até a próxima quinta-feira, eles irão discutir propostas para a construção de um sistema nacional articulado de educação e do novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o período de 2011 a 2010. As propostas serão levadas por 68 delegados à Conferência Nacional, que ocorre entre 28 de março e 1º de abril de 2010, em Brasília.
Além de educadores e gestores em educação de todo o Estado, a abertura da etapa catarinense contou a presença de várias lideranças políticas estaduais e federais, entre elas a senadora Ideli Salvatti e o deputado estadual Pedro Uczai, que é presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e representou o parlamento catarinense na abertura do encontro.
Em sua fala, Uczai disse que a Conae tem um papel central e estratégico no debate da educação brasileira, porque pela primeira vez permite que o sistema educacional do país seja planejado de forma articulada. Entre os desafios apontados por Uczai está o de ampliar os investimentos na área, estabelecendo um regime de co-responsabilidade entre União, Estados e municípios. “Ao invés de discutir a municipalização, temos que discutir a nacionalização”, disse Uczai, ao criticar a proposta do governo do Estado que pretende municipalizar o ensino infantil e fundamental em Santa Catarina.
Uczai também falou da importância da Conae apontar alternativas para melhorar a qualidade da educação, o que para ele depende obrigatoriamente de políticas consistentes de formação e de cargos e salários dos professores. O representante do Sindicado dos Profissionais em Educação do Estado (Sinte-SC), Carlos Alberto Figueiredo, reforçou a importância do novo PNE incorporar os avanços mais recentes, como o Piso Nacional dos Professores. “Discordamos como o piso está sendo pago no Estado, porque não é o amontoado de gratificações que estabelece o valor do piso”, disse ele, ao pedir que o secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer, receba o Sindicato para negociar às vésperas do Dia do Professor.
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