Apesar do aumento da quantidade, faturamento caiu 9,1% devido à desvalorização do produto. No país, queda de receita é ainda maior: -20,5%
Em outubro, Santa Catarina exportou 33,43 mil toneladas de carne suína, alta de 17,3% em relação a setembro e de 60,4% em relação a outubro de 2017. As receitas de outubro foram de US$ 56,55 milhões, 14,97% acima de setembro e 22,81% a mais do que em outubro de 2017. Apesar da alta na comparação mensal, o Estado acumula queda de faturamento durante o ano.
De janeiro a outubro de 2018, Santa Catarina exportou 264,94 mil toneladas de carne suína, alta de 13,34% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas foram de US$ 496,10 milhões, 9,19% menos do que foi obtido em igual período de 2017. O motivo é a queda de preço que o produto teve nos últimos 12 meses.
O cenário é de recuperação. O problema foi causado, principalmente, pelo primeiro semestre, quando o país registrou uma greve dos caminhoneiros de 11 dias e um embargo russo à carne brasileira. A média exportada nos seis primeiros meses de 2018 foi de 22,05 mil toneladas mensais. No segundo semestre, ainda sem os dados de novembro e dezembro, a média está em 33 mil toneladas. Alta de 30%.
No país
Em outubro, o Brasil exportou 61,68 mil toneladas de carne suína, 11% a mais do que o registrado em setembro e 7,3% a mais na comparação com outubro de 2017. Apesar do crescimento no volume, a receita caiu na comparação anual: -20,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Parte das perdas podem ser recuperadas em novembro. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o embarque de carne suína in natura brasileira apresentou aumento de 26,4% nas duas primeiras semanas desse mês. O ganho foi ainda maior no faturamento durante esse período: crescimento de 29,5%.
No acumulado do ano (janeiro a outubro) foram exportadas 522,77 mil toneladas, -9,55% em relação ao ano anterior. As receitas somam US$ 982,83 milhões, queda de 28,33% na comparação com o mesmo período de 2017.
Os cinco principais destinos externos da carne suína brasileira em outubro foram China, Hong Kong, Cingapura, Argentina e Chile, que responderam por 65,47% das receitas. As exportações para a China foram de 14,59 mil toneladas, crescimento de 475,12% em relação a outubro de 2017, amenizando os efeitos do embargo russo.
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