Com a quinta queda consecutiva, a CNDL e o SPC Brasil estudam rever para baixo a projeção de vendas para este ano
A antecipação das promoções realizada por lojistas no período pós Copa do Mundo ainda não refletiu, por enquanto, em melhora de vendas. Pelo quinto mês consecutivo as consultas para as vendas a prazo, que sinalizam o ritmo do movimento no comércio brasileiro, apresentaram queda. Em julho deste ano na comparação com o mesmo mês de 2013 a retração foi de 0,27%.
A boa notícia, no entanto, é que essa queda constante vem caindo. A queda foi menor do que a registrada no mês de junho (-2,06%) e a menos intensa desde março, quando o indicador de consultas começou a recuar.
Na avaliação de Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o resultado é consequência do desaquecimento da economia, influenciado principalmente pela escalada dos juros, pela inflação no limite da meta e pelo menor crescimento da renda do trabalhador.
Além disso, a baixa confiança dos consumidores e dos comerciantes também contribuiu para o resultado negativo. "Com o cenário econômico enfraquecido, estamos observando uma tendência de maior rigor no processo de concessão de crédito. O momento é menos favorável ao consumo das famílias, uma vez que o custo para o consumidor comprar a prazo aumentou", explica Pellizzaro.
A perda de fôlego nas intenções de vendas a prazo também se repetiu no resultado consolidado do ano. No acumulado dos sete primeiros meses, frente a igual período de 2013, o indicador soma uma queda de -1,28%. Com o consumo e o comércio dando sinais de enfraquecimento, os economistas do SPC Brasil e da CNDL estudam rever para baixo a projeção de crescimento do comércio para este ano, que atualmente está numa alta de 3%.
Em relação a junho deste ano, as consultas para vendas parceladas cresceram 3,06%, reflexo da variabilidade da comparação mensal.
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