De janeiro a junho, dos 16 setores pesquisados, 13 registraram queda no faturamento. As retrações mais expressivas foram verificadas nos setores de produtos metálicos, metalurgia básica, veículos aut

 De janeiro a junho, dos 16 setores pesquisados, 13 registraram queda no faturamento. As retrações mais expressivas foram verificadas nos setores de produtos metálicos, metalurgia básica, veículos automotores e produtos de madeira

Florianópolis, 6.8.2009 - As vendas da indústria catarinense registraram queda de 5,6% no acumulado de janeiro a junho de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, divulgou a Federação das Indústrias (FIESC) nesta quinta-feira (6). Na comparação junho de 2009 sobre o mês anterior, a retração foi de 7,2%, puxada principalmente pelos setores de alimentos e máquinas e equipamentos.

Para o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma, os números mostram que a indústria ainda sente as conseqüências da crise mundial. A pesquisa de junho reflete o impacto da conjuntura econômica em segmentos importantes da indústria do estado, como o setor de alimentos, máquinas e equipamentos e confecções e artigos do vestuário. Apesar dos resultados negativos ao longo do ano, para este segundo semestre, o setor produtivo está mais confiante na retomada do crescimento, segundo pesquisa da FIESC divulgada em julho. "Acreditamos que nos próximos meses se iniciará a reversão deste cenário", diz Quaresma.

No acumulado do ano, dos 16 setores pesquisados, 13 registraram queda no faturamento real (já descontada a inflação). Entre eles estão produtos metálicos (-32,3%), metalurgia básica (-25,2%), veículos automotores, carrocerias e autopeças (23,1%), produtos de madeira (-19,1%), artigos de plástico (-16,4%), produtos químicos (-12,4%), produtos minerais não-metálicos (-7,6%), este puxado pela cerâmica de revestimento. No mesmo período de comparação, apenas três segmentos registraram alta nas vendas: máquinas e equipamentos (9,3%), puxadas pelos investimentos à linha branca, confecções e artigos do vestuário (6,2%) e móveis (5,4%).

­­­De acordo com o levantamento, realizado com 200 médias e grandes empresas, no primeiro semestre de 2009 sobre o mesmo período de 2008 também houve queda nas horas trabalhadas (-7,1%), na massa salarial (-3,4%) e na utilização da capacidade instalada, que passou de 84 pontos em junho de 2008 para 81 pontos no sexto mês de 2009.