Estado chega a 1,8 milhão de automóveis em frota circulante

O mercado de veículos de Santa Catarina voltou a crescer em setembro. O setor que comandou a retomada do crescimento foi o de automóveis, com um crescimento de 24,42% no período e com um novo recorde: o estado tem 1,8 milhão de automóveis circulando. Os números são da Federação Nacional de Distribuição de Veículos de Santa Catarina (Fenabrave/SC).

Números divulgados neste final de semana pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos de Santa Catarina (Fenabrave/SC) mostram que o mercado de automotores no estado voltou a crescer em setembro. No período, foi registrado um aumento de 16,21% nas vendas em relação a agosto – 20.852 unidades comercializadas.

No acumulado do ano, Santa Catarina ainda registra uma queda de 2,07% nas vendas. De janeiro a setembro de 2008, foram comercializadas no estado 174.016 unidades. No mesmo período deste ano, foram 170.422. A média nacional dos estados brasileiros apresenta uma queda de 6,38% nas vendas.

A frota circulante de veículos nos estado passou de 3,1 milhões. Ao todo, Santa Catarina tem 3.106.241 unidades automotoras em circulação. A maior representatividade é de automóveis, com 58%, e motocicletas, com 24%.

MAIS DE 1,8 MILHÃO DE AUTOMÓVEIS

O setor com os melhores resultados no ano é o de automóveis (aumento de 21,52%), seguido pelo de comerciais leves (9,03% no mesmo período). Os dois foram diretamente afetados pela queda do IPI que durou até o início de outubro. Em setembro, foram comercializadas no estado 10.071 unidades – 24,42% a mais do que em agosto. Contabilizadas estas vendas, Santa Catarina atingiu 1.809.234 unidades em frota circulante.

“Este número retrata como a queda do IPI foi importante para o setor. As perspectivas, se tivessem sido mantidas as alíquotas do imposto no período da crise, eram que o setor tivesse uma queda média de 30% nas vendas, como aconteceu com ônibus e motos, por exemplo”, comenta Sérgio Ribeiro Werner, presidente da Fenabrave/SC.

HORA DE REPENSAR A POLÍTICA TRIBUTÁRIA

O presidente da Fenabrave/SC comenta que os números com a volta gradativa do IPI são uma incógnita. “Não se sabe como o mercado vai reagir, ainda mais já que estamos próximos ao final do ano e nessa data a venda costuma dar um salto significativo”, afirma Sérgio.

Ele diz ainda que no Congresso Nacional da Fenabrave, onde estiveram representantes catarinenses, se discutiu sobre os resultados obtidos com a queda. “O governo teve um aumento de arrecadação com a queda do IPI. A arrecadação de outros impostos foram aumentados e substituíram o IPI nos números federais. Hoje defendemos, portanto, que é hora de analisar estes números a reposicionar a política tributária nacional”, diz Sérgio. “Se mantivermos, por exemplo, uma alíquota similar como esta que foi aplicada até setembro, todos ganham: o governo, os fabricantes e o consumidor”, complementa.