A Fecomércio-SC acredita que as taxas de juros permanecerão estáveis no ano de 2013. Após análise de dados do Banco Central, que traça um panorama dos juros no Brasil, a federação confia que dificilmente subam consistentemente, já que a inadimplência está controlada. Mas também é difícil que ocorram novas reduções.

Segundo o relatório do BC, divulgado na terça-feira (26), na comparação de janeiro de 2013 com o mês de dezembro de 2012, após um período longo de queda, os juros voltaram a subir.

Os juros médios cobrados das famílias ficaram em 24,6% ao ano, uma alta de 0,6 pontos percentuais na comparação relativa a dezembro. No caso das empresas, a alta também foi a mesma, passando os juros ao patamar médio de 13,9% ao ano.

A taxa média de juros, para empresas e pessoas físicas, subiu depois de 10 meses consecutivos de queda. A alta foi de 0,5 pontos percentuais e os juros ficaram em 18,5% ao ano.

O estoque de crédito, dado também divulgado pelo Banco central, se mostrou estável na relação janeiro/dezembro em 53,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Em termos absolutos, o valor de crédito disponível foi de 2,367 trilhões de reais.

O spread, valor da diferença entre a taxa de captação de recursos pelo banco e o cobrado para o cliente, subiu 0,3 pontos percentuais.

Para a pessoa física, o spread ficou em 18 pontos percentuais, e a cobrança para as empresas ficou em 7,8 pontos percentuais, com alta de 0,3 p.p. e 0,8 p.p., respectivamente.

A principal razão para o fim do ciclo de queda nas taxas de juros foi a retomada do crescimento do spread bancário.

Os bancos públicos, principais agentes que no ano passado imprimiram um processo de redução dos spreads, anunciaram que o espaço para redução do mesmo ficou apertado em 2013.