Encontro promovido divulgou o Movimento A Indústria pela Educação na Grande Florianópolis

A série de eventos promovida pelo Sistema Fiesc para divulgar o movimento a Indústria pela Educação em todas as regiões do Estado terminou nesta terça-feira (4) com um encontro entre industriários da Grande Florianópolis. Além deste encontro, outros seis foram realizados em Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Criciúma, Chapecó e Lages para debater a educação como fator de competitividade para a indústria. Cerca de 500 indústrias catarinenses tornaram-se signatárias do movimento e declararam-se dispostas a apoiar iniciativas educacionais.

Para o pesquisador Mozart Neves Ramos, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que palestrou em todos os encontros, a educação é o único vetor capaz de aliar o desenvolvimento social ao econômico. "O Brasil vem conseguindo resultados expressivos na economia e o desafio é aproveitar este momento que gera oportunidades para a nossa juventude", afirma. Mozart defende que a educação é uma causa estratégica para o desenvolvimento nacional. "O que está em jogo é o futuro do país. Iniciativas como esta que a Fiesc vem promovendo são determinantes e vão inspirar outras Federações do país a aderir à causa da educação", acredita.

Nos sete encontros realizados entre novembro e dezembro, industriários tiveram a oportunidade de conhecer iniciativas que podem contribuir para a melhoria dos índices educacionais na indústria. Na Intelbras, por exemplo, a formação está atrelada ao plano de desenvolvimento de pessoas da empresa. "A Intelbras entende que a educação é um fator-chave para o crescimento da indústria. Por isso, definimos medidas de incentivo para que o trabalhador possa buscar oportunidades de crescimento na empresa", conta Dione Teodoro, da área de Recursos Humanos da Intelbras.

Uma das iniciativas da Intelbras é o programa Pró-educar, no qual a empresa subsidia 50% de bolsas de estudo, desde o ensino básico até o profissionalizante. Além disso, a indústria oferece cursos in company para a formação contínua destes trabalhadores. "Também temos o programa Jovem Aprendiz, em parceria com o Senai, que é desenvolvido especificamente para a realidade de negócios da Intelbras, e outras capacitações internas que necessitamos dentro da empresa", relata Dione.

Nos Correios, todos os colaboradores têm a escolaridade básica completa, por isso o investimento maior é na educação continuada, como conta Marthin Mallmann, gestor da área de Educação Corporativa dos Correios de Florianópolis. "Oferecemos bolsas de estudos em idiomas, graduação e pós-graduação, inclusive para mestrado. É um programa abrangente e temos como meta oferecer 54 horas aula por colaborador", detalha o gestor. Os Correios subsidiam ainda treinamentos, custeando hospedagem e deslocamento, e vinculam a formação continuada ao plano de carreira da empresa. "Aderimos formalmente ao movimento porque entendemos a educação dessa forma também. O movimento está bem estruturado e agora vamos fazer acontecer", conclui.