A avicultura prepara-se para um ano de baixo crescimento e foco na competitividade, afirma o presidente da ACAV, José Antônio Ribas Júnior
As projeções de exportação do setor de avicultura de Santa Catarina para 2016 poderão ser revistas após a crise do milho, desencadeada neste mês. A revisão ocorre apesar do bom desempenho da avicultura brasileira em 2015, ano em que foram ampliadas em 5% as exportações e mantida a liderança mundial, respondendo por 37% do mercado internacional. José Antônio Ribas Júnior, presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), afirma que será um ano de crescimento modesto e resultados menores, exigindo foco no aumento da eficiência produtiva e na competitividade.
Ribas aponta como principal problema a variação no preço do milho e demais insumos. No início deste ano, as cotações do grão chegaram a alcançar valor 50% acima dos preços praticados em outubro. Ele observa que agregar valor ao produto é uma decisão inteligente. "Alimentarmos nossos concorrentes externos exportando milho irá tirar oportunidades internas de investimento e crescimento. Penso que isso já seja suficiente para entendermos a importância de contingenciarmos as exportações, como qualquer País faz para proteger seus setores estratégicos", diz Ribas.
Projeções
As projeções do presidente da ACAV para 2016 são de otimismo moderado, visto que o mercado interno apresenta consumo retraído. "Precisamos estar fortalecidos em casa para sermos competitivos fora", defende. Para Ribas, o agronegócio sustenta a balança comercial do Brasil, mantendo-se como alavanca da economia.
Crescimento
Para Ribas, 2016 será um ano para focar em eficiência e otimização de custos. Ele explica que o país precisa seguir investindo em tecnologia para manter a posição mundial em produção em quantidade e qualidade. Porém, diz ele, diante da forte pressão de custos, é um ano onde a prioridade não é crescer e, sim, avançar em eficiência para mitigar custos crescentes.
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