O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou pelo segundo mês consecutivo entre outubro e novembro, ao passar de 121,7 para 120,0 pontos. Apesar de se manter acima da média histórica, a queda de 1,4% fez com que a média móvel trimestral do indicador voltasse a apresentar a tendência declinante observada entre maio e agosto deste ano.

A diminuição da confiança reflete avaliações menos favoráveis sobre o momento atual e uma segunda diminuição consecutiva do grau de otimismo em relação aos meses seguintes. Entre outubro e novembro, o Índice da Situação Atual (ISA) variou -0,7%, ao passar de 137,7 para 136,7 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,9 %, de 113,8 para 111,6 pontos, o menor nível desde fevereiro deste ano (108,3 pontos).

A satisfação dos consumidores com relação ao estado geral da economia, que vinha aumentando nos dois meses anteriores, voltou a cair entre outubro e novembro: a proporção de consumidores avaliando a situação atual como boa diminuiu de 24,9%, para 24,7%; no mesmo período, a dos que a julgam ruim aumentou de 20,3% para 22,0%.

Em relação aos próximos meses, os consumidores tornaram-se menos otimistas: A parcela de consumidores que projetam melhora da situação econômica geral diminuiu de 34,0% para 32,6%; a dos que preveem piora aumentou de 11,7% para 14,1%. Isoladamente, este foi o quesito que exerceu a maior influência na queda do ICC em novembro.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita com base numa amostra com mais de 2.000 domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de novembro de 2012 foi realizada entre os dias 31 de outubro e 22 de novembro.