O secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Enori Barbieri, se pronunciou sobre a redução das exportações para Rússia em 2011. O país diminui sua cota para importações de carne suína do Brasil para aproximadamente 250 mil toneladas, quando o esperado eram 470 mil toneladas.

Barbieri explica que Santa Catarina exporta 102 mil toneladas de carne suína, das 730 mil toneladas que produz, sendo que somente 20 mil toneladas saem dos portos catarinenses destinadas à Rússia. ?Por isso e pela melhoria do mercado interno, não deverá acontecer uma diminuição de preços na carne suína?, afirma. ?A Rússia reduz e aumenta suas cotas sistematicamente ao longo dos últimos anos, o que gera incertezas no setor produtivo?, complementa.

O secretário ressalta ainda a importância das políticas de incentivo à sanidade animal e vegetal para a busca de novos mercados. ?Por ser único Estado livre de febre aftosa sem vacinação, certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Santa Catarina continua exportando para países como Ucrânia, Cingapura e Hong Kong, entre outros?, diz. ?Almejamos exportar para mercados consolidados como Estados Unidos, União Européia, Coréia, México e Japão, que mantêm uma estabilidade nas importações, com preços mais remunerativos?, conclui. Segundo Barbieri, o Japão importa 1,2 milhão de toneladas de carne suína e uma parcela desse montante pode ser conquistada por Santa Catarina. Até 2005, a Rússia era o maior importador de carne suína de Santa Catarina, com 200 mil toneladas. Hoje, o maior importador do produto catarinense é a Ucrânia, com 21 mil toneladas, o que representa 55 milhões de dólares.