Presidente da CNDL afirma que o consumidor será o maior prejudicado

A Contribuição Social para a Saúde (CSS), proposta do governo para recriar a CPMF, poderá ser questionada na Justiça pelas associações empresariais, caso seja aprovada pelo Congresso. A afirmação é do presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro Junior, que criticou nesta quarta-feira a proposta do governo durante audiência pública sobre reforma tributária, em Brasília.

 

Para o dirigente, a CSS será prejudicial por reter no Estado um dinheiro que poderia circular na sociedade. ?O consumidor na ponta é o grande pagador, não o empresário. Isso altera também o dia-a-dia do cidadão, pois os aumentos na carga tributária serão repassados a ele?, define Pellizzaro.

 

Reforma tributária

A proposta de reforma tributária também foi criticada pelo presidente da CNDL pois, segundo ele, pode ?aumentar a centralização dos tributos e a dependência financeira de estados e município em relação à União?. Ele argumenta que uma reforma tributária deveria levar em conta a capacidade de pagamento do contribuinte, além de estabelecer que encargos competem à União, aos estados e municípios e, a partir disso, destinar proporcionalmente os recursos dos impostos.

 

Além do representante do varejo, participaram da audiência pública os presidentes da Fiesp, Paulo Skaf; da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto; e do coordenador do movimento Ação Empresarial, Jorge Gerdau Johannpeter.

A CNDL representa 27 federações estaduais, 1587 Câmaras de Dirigentes Lojistas e mais de 780 mil postos de venda associados. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), administrado pela Confederação, registra 300 milhões de consultas de crédito por ano.