Rizicultores da região participaram de um manifesto em Camaquã-RS, durante a 21º Abertura Oficial da Colheita de Arroz. O objetivo foi reivindicar melhores preços para o grão. A expectativa era de ouvir a presidente Dilma Rousself ou o ministro Vagner Rossi, que acabaram não comparecendo no evento, frustrando os participantes.

A Cooperja, em parceria com a Credija, Cejama, Cooijam, Prefeitura Municipal de Jacinto Machado e Posto Gávea, lotou seis ônibus com cerca de 300 agricultores. De Santa Catarina foram mais de 1.000 arrozeiros. Demonstrando organização, força e apoio ao manifesto. É importante destacar ainda, a presença de vereadores de Jacinto Machado e prefeitos da região, além dos deputados estaduais José Milton Scheffer e Manoel Motta e dos deputados federais, Zonta e Boeira. Todos apoiando os rizicultores nesta luta.

Para o presidente da Cooperja, Vanir Zanatta, o setor arrozeiro passa por um período de grande dificuldade. “Primeiro os custos são maiores que nossos vizinhos do Uruguai, Paraguai e Argentina. Segundo os preços recebidos pelo produtor esta muito abaixo do necessário para ter renda sobre seu produto. Terceiro, os mecanismos lançados pelo governo, não surtiram efeito esperado e hoje o produtor amarga um prejuízo quando comercializa seu arroz”, afirma Zanatta.

O presidente finaliza fazendo uma avaliação do evento. "Do encontro em Camaquã, eu particularmente esperava mais, saímos de lá sem nenhuma novidade, tudo o que foi anunciado pelos representantes, já havia sido divulgado dias antes pela imprensa. A manifestação não saiu em nenhum jornal de nível nacional. No Programa Globo Rural, também não falaram. Portanto, não chamamos atenção. Por outro lado, mostramos ordem, não somos baderneiros, só queremos nossos direitos, ou seja, igualdade de condição dentro do MERCOSUL. Se conseguirmos isso será uma grande vitória”, conclui.