Revisão tarifária, renovação das concessões às empresas do setor elétrico e projetos de geração de energia foram pautas do presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni e diretores da Empresa nesta quinta-feira (17) em Brasília. Em encontro na Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, o diretor-geral, Nelson Hubner, sinalizou positivamente aos pleitos da Celesc, de mais agilidade na análise de projetos e mudança no enquadramento de usinas em Pequenas Centrais Elétricas (PCH). "Tenho ouvido depoimentos entusiasmados sobre os novos rumos da Celesc, empresa que tem um alto índice de eficiência. Santa Catarina tem um grande potencial, uma ampla cadeia industrial e os entraves, que antes eram ambientais, agora são burocráticos. A análise de projetos é nosso maior gargalo, mas realizamos um novo concurso e o incremento de pessoal vai trazer mais agilidade. Vamos dar atenção às particularidades de vocês", disse.
Foi a primeira reunião entre Celesc e Aneel após a posse da atual diretoria das Centrais Elétricas de Santa Catarina. "Estamos agindo sobre os principais pontos críticos da empresa e queremos estreitar nosso relacionamento com a Aneel com foco na próxima revisão tarifária, na renovação da concessão federal e em nossos projetos de repotenciação das usinas", disse Gavazzoni. O presidente da Celesc destacou o interesse em aproveitar os ativos em geração, já que as 12 usinas da Celesc produzem na capacidade mínima. Gavazzoni lembrou ainda que os projetos em análise têm impacto ambiental mínimo. Na Aneel, o presidente tratou ainda dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento nos quais a empresa obrigatoriamente precisa investir - o que não tem ocorrido nos últimos anos. "Só em 2011 planejamos investir R$ 85 milhões em projetos de P&D e eficiência energética", revelou.
Gavazzoni participou de outra reunião na Abradee - Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - com o presidente Nelson Leite. A entidade congrega 43 distribuidoras cujos faturamentos representam 98% do setor e está reformulando seu planejamento estratégico com participação direta das associadas. A entidade representa os interesses das distribuidoras junto à Aneel. "Pretendemos discutir com a Agência os critérios do próximo ciclo de revisão tarifária, já que no primeiro detectamos, por meio de simulações, que os impactos foram negativos para grande parte das distribuidoras", disse.
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