Relatório Técnico da Abrapch aponta as vantagens das PCHs e CGHs para o meio ambiente
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Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas divulga mais um relatório para rebater as críticas aos pequenos empreendimentos geradores de energia
Segundo o relatório, " nos últimos anos, vários agentes públicos passaram a dificultar ao máximo a construção de novas hidrelétricas não apenas no Brasil, em outros países da América Latina, África e Ásia. Até mesmo as pequenas centrais, com reservatórios menores do que 15 campos de futebol, com potencia instalada menor do que 30 MW, conhecidas como PCH mas suficientes para abastecer uma cidade com 50 mil habitantes, passaram a ser taxadas de "inimigas do meio ambiente" Alguns deles, por sua importância na administração, não se deram nem ao trabalho de alegaram nada. Outros, sempre de forma vaga e imprecisa, alegando "prejuízos ambientais" inexistentes.
Assim, eles favoreceram a operação ininterrupta das antes emergenciais termoelétricas movidas a combustíveis fósseis, inclusive as altamente poluentes, a óleo diesel, óleo combustível e carvão. Segundo informações do Observatório do Clima, divulgadas em novembro de 2015, às vésperas da COP 21, o Brasil lançou na atmosfera 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente em 2014. Deste total o setor de geração de energia emitiu 479,1 milhões de toneladas (mt) de CO2 equivalentes, o mesmo nível de emissões do setor de mudança de uso da terra (486,1 mt CO2e), principal fonte de gases-estufa da economia brasileira. Isso significou um aumento de 23% nas emissões em comparação com 2013, devido, principalmente, ao acionamento de termelétricas movidas a combustíveis fósseis como o gás natural, o carvão, o óleo diesel, o óleo pesado, para fazer frente à seca que esgotou os reservatórios das hidrelétricas existentes no país, quase todas com mais de 20 anos de idade, face às dificuldades para construir novas usinas".
Nesse relatório, a Abrapch disponibiliza dados que mostram "quais órgãos públicos podem ser os responsáveis pelo aumentos extraordinários tanto das emissões de gases de efeito estufa no setor elétrico, como das tarifas de energia elétrica. Com efeito, dados fornecidos pelas concessionárias dos serviços públicos de eletricidade provam que as tarifas médias de energia elétrica no Brasil dispararam em mais de 130%, desde junho de 2013 até outubro de 2015, frente a um índice oficial de inflação de 18% medido pelo IPCA.
Logo no início do relatório há um capítulo especial dedicado a mostrar, com fotografias e imagens, os benefícios ambientais das Pequenas Centrais Hidrelétricas e CGHS (centrais até 3 MW de potencia). Com ele, a Associação convida "os detratores das PCHs e CGHs a remeterem suas objeções, fundamentadas por profissionais habilitados pelo sistema CONFEA/CREAs, para que sejam publicadas no site www.abrapch.org.br.
Conforme o texto, "nesse capítulo introdutório o leitor poderá perceber quão equivocadas são as afirmações feitas sem qualquer base científica, por agentes públicos, que parecem acreditar de forma inocente e às vezes leviana, em argumentos completamente falsos, mas divulgados massivamente por uma campanha publicitária anti-hidrelétricas levada à efeito a nível mundial por alguns concorrentes ligados à indústria do petróleo. Que em 2012, 2013 e 2014 levaram para fora do país mais de 100 bilhões de dólares em combustíveis fósseis, sangrando a economia nacional e aumentando o custo-Brasil. A este respeito desta situação, a ABRAPCH deve apresentar em 2016, pedidos de investigação às autoridades responsáveis pela defesa dos interesses difusos dos consumidores de energia e da concorrência, para apurar as responsabilidades de agentes públicos relacionados a esses fatos".
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