Projeto do mínimo regional irá à Assembleia em regime de urgência
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Colombo recebe do presidente da Fiesc, Glauco José Côrte (D), proposta dos novos valores (Fotos: Divulgação/Fiesc)
Anúncio foi feito pelo governador nesta segunda, após receber documento com valores acordados entre trabalhadores e empregadores
O projeto que atualizará os valores das quatro faixas do mínimo regional de Santa Catarina irá à Assembleia Legislativa em regime de urgência, anunciou nesta segunda-feira (21) o governador Raimundo Colombo, na Casa d´Agronômica. Ele recebeu dos representantes das entidades de trabalhadores e empregadores documento com os valores negociados entre as partes e, na presença do secretário da Casa Civil, Nelson Serpa, se comprometeu a encaminhar o projeto à Assembleia dentro dos termos acordados entre as partes. O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, e o diretor executivo da entidade, Marcos Arzua, participaram da solenidade.
"Com esse diálogo, ganham todos. Não é fácil alcançar esse entendimento. É muito boa essa maturidade e responsabilidade", disse Colombo, referindo-se ao desfecho favorável das negociações. "Estamos comemorando. Assim fica fácil para o governo, que apenas precisa encaminhar o que foi definido", destacou.
Falando também em nome das Federações do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc) e dos Transportes (Fetrancesc), o presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Glauco José Côrte, lembrou que este é o terceiro ano em que as representações de empregadores e trabalhadores fecham o acordo e trazem esse resultado para que seja ratificado pelo governo e pela Assembleia. "Mais importante do que o índice, é o entendimento", disse, acrescentando que, apesar do ano difícil na economia, em 2012 foram criados 95 mil empregos no Estado, dos quais 90 mil no setor privado. "Trabalhadores e empregadores querem o crescimento de nossa economia, não como um fim em si, mas para a melhoria da qualidade de vida dos catarinenses", afirmou.
A Fecomércio-SC, que representa as empresas do comércio de bens, serviços e turismo do Estado atuou, desde o início, diretamente nas negociações. A entidade considera o reajuste equilibrado e ratifica a importância da manutenção de um diálogo direto entre as duas partes. Vale lembrar que o acordo é retroativo ao dia 1º de janeiro deste ano.
Falando em nome das entidades laborais, o coordenador sindical do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ivo Castanheira, destacou que a negociação do mínimo é um momento fundamental para os sindicatos de empregadores e de trabalhadores.
O acordo para os valores das quatro faixas salariais do mínimo estadual foi fechado no dia 15, em reunião na sede da Fiesc. Os percentuais ficaram entre 9,28% e 9,37%, elevando os valores a serem praticados neste ano para R$ 765 (1ª faixa), R$ 793 (2ª faixa), R$ 835 (3ª faixa) e R$ 875 (4ª faixa). Veja abaixo a tabela com os valores.
Pelo lado dos empregadores participaram da reunião que concluiu o acordo, além da Fiesc, a Fecomércio, a Faesc, a Fetrancesc e o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex). Representaram os trabalhadores a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT-SC), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Dieese, além das Federações dos Trabalhadores da Indústria de Santa Catarina (Fetiesc), das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santa Catarina (Feticom), dos Estabelecimentos de Ensino (Feteesc), das Indústrias de Carnes, Alimentação e Afins (Fetiaesc), nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material (Fetimmmesc), do Comércio (Fecesc) e dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc).
Veja a evolução dos valores do mínimo estadual
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