Projeto de Colatto defende fim do Horário de Verão
À zero hora deste domingo, 18/10, os relógios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem ser adiantados em uma hora iniciando assim o Horário de Verão no país. A medida prevalece até 21 de fevereiro com objetivo de gerar economia de cerca de R$ 30 milhões. O tema é polêmico, pois, ao mesmo tempo em que alguns comemoram, outros criticam a mudança do horário por afetar o organismo e o cotidiano.
O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), contrário a este modelo instituído no país, é autor do Projeto de Lei 397/007 que defende o fim do Horário de Verão. Destaca que o Horário de Verão aponta uma redução pouco significativa no consumo de energia elétrica. Para a região sul, a previsão é de 4,5% de redução na demanda, o que representa 490 MW, uma cidade com 1,5 milhão de pessoas. Já a redução total da energia consumida está estimada em de 0,5%, cerca de 450 GWh no sudeste e centro-oeste e 130 GWh no sul.
Colatto cita que “as bruscas alterações de horário ocasionam distúrbios orgânicos no homem traduzidos pela ocorrência de fadiga, dores de cabeça, confusão de raciocínio, irritabilidade, constipação e queda da imunidade”.
Para Colatto, os mais prejudicados são os trabalhadores rurais e suas famílias. “Não há estatística que justifique que essa medida traga ganhos. O agricultor que levanta às 4 horas da manhã para tirar o leite vai ter que levantar mais cedo, sem contar às crianças que saem do interior para ir à escola e percorrem vários quilômetros, como também a mudança no sistema de alimentação, tanto dos humanos quanto dos animais”, destaca.
O parlamentar defende que o governo deve desenvolver um trabalho de orientação e educação permanente com a população brasileira sobre o uso de energia em horário de ponta, das 18h30 às 21h30. “O governo precisa ouvir a população, saber se quer ou não manter o Horário de Verão”.
Informações da Celesc apontam que, na última edição do Horário de Verão em SC (19 de outubro de 2008 a 15 de fevereiro de 2009), houve redução de 4,28% na demanda e 0,6% no consumo do sistema elétrico. No horário de ponta, entre 18h30 e 21h30, esses valores correspondem a uma demanda de 122,5 MW e consumo de 30 GWh ao longo de todo o período do horário de verão.
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