Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a economia no país cresceu 0,9% em relação ao ano de 2011.

 De acordo com a divulgação, o PIB per capita alcançou R$ 22.402, alta de 0,1% na comparação ao ano passado, e foi o setor de serviços que apresentou o melhor desempenho (1,7%), já que tanto a indústria (-0,8%) quanto a agropecuária (-2,3%) apresentaram retração.

Na ótica da demanda, a despesa do consumo das famílias apresentou, pelo nono ano consecutivo, crescimento: 3,1%. Houve elevação de 6,7% da massa salarial dos trabalhadores, em termos reais, e acréscimo de 14% do saldo das operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para pessoas físicas, fatores que explicam o crescimento do componente despesa do consumo das famílias.

A diminuição do volume do valor adicionado da agropecuária no ano de 2012 é explicada pela queda da produtividade de alguns setores, do fraco desempenho da pecuária e pela queda da produção de algumas culturas da lavoura brasileira. O destaque positivo na indústria foi eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,6%) e construção civil (1,4%).

Já nos serviços, setor responsável por quase 60% do PIB de 2012, os setores com maior destaque foram: serviços de informação (2,9%), administração, saúde e educação pública (2,8%) e transporte, armazenagem e correio (0,5%).

A formação bruta de capital fixo, puxada pelo recuo da produção interna de máquinas e equipamentos e pelo nível elevado de estoques destes, apresentou queda de 4% em 2012. A taxa de investimento foi de 18,1% do PIB, 1,2 pontos percentuais abaixo do registrado em 2011, a taxa de poupança foi de 14,8%, também inferior ao alcançado em 2011: 17,2%.
No que se refere ao comércio exterior, exportação e importação de bens e serviços tiveram variação positiva. Segundo o IBGE, a desvalorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento das exportações.

No geral, o resultado do PIB de 2012 ficou muito aquém do desejado. Além do pequeno crescimento, chama atenção a queda da formação bruta de capital fixo, indicador que revela a força do investimento na economia.

Com o fraco resultado deste indicador, o crescimento de longo prazo do país fica comprometido. Apesar disso, 2013 deve apresentar crescimento maior do PIB, os últimos trimestres de 2012 já deram sinais desta recuperação, que será novamente ancorada no setor de serviços e no consumo das famílias.