Pernambuco e Paraná têm melhores preços médios para a Cesta 1. Brasília continua vilã dos preços altos. Santa Catarina teve reajuste de 10,39%.

O consumidor de Brasília é o que paga mais caro pela compra de supermercado em todo o País. Nos últimos 12 meses para o consumidor que não faz questão de marca e procura os melhores preços, houve reajuste de 17,89% no preço médio da cesta de 89 produtos pesquisada pela PRO TESTE Associação de consumidores.

Para aquele que não abre mão de produtos de marca, a cesta com 103 itens subiu 11,94% em um ano, com impacto bem maior no bolso do que apontam os índices oficiais de inflação como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe que subiu 4,12% nos últimos 12 meses. Foi o que detectou o quinto levantamento anual de preços dos supermercados brasileiros feito pela PRO TESTE – Associação de Consumidores.

Foram pesquisados 975 pontos de venda, de 14 cidades brasileiras em oito estados, mais o Distrito Federal. Em Pernambuco uma boa surpresa, foi o único estado onde a cesta para quem faz questão de marca na hora da compra barateou: 0,15%; Minas Gerais subiu (6,33%); Rio Grande do Sul (7,66%); Paraná (7,90%); Bahia (6,65%); Rio de Janeiro (9,53%); Santa Catarina (10,39%).Pernambuco também apresentou os índices menores para esta cesta, com reajuste anual de 1,96%.

A variação de preços numa mesma cidade dependendo do ponto de venda é muito grande. Por exemplo, para o paulistano a Cesta 2, baseada em produtos mais baratos ofertados pelos mercados, custou (R$ 151,88), foi o menor preço encontrado em todas as cidades pesquisadas. Mas também foi onde se encontrou o maior valor (R$ 467,11). Nos preços estão incluídos os impostos que incidem sobre bens alimentícios, como o ICMS, que variam de estado para estado. O peso da compra da mesma cesta no bolso dos consumidores varia de Estado para Estado.

Outras constatações da pesquisa: lojas de conveniência só devem ser utilizadas, como o nome já diz, em situações especiais, pois podem encarecer as compras em até R$ 3,7 mil por ano no caso da Cesta 2 de São Paulo. A diferença de 208% é encontrada no valor da cesta no Atacadão, em relação ao que custa no Select/Shell Morumbi.

A pesquisa de preços é fundamental para não desfalcar o orçamento, por isso a PRO TESTE publicou um Guia de Preços, com 16 páginas, encartado na revista PRO TESTE de setembro (nº 84), distribuída exclusivamente aos associados. A pesquisa completa está também no site da PRO TESTE: www.proteste.org.br, mas algumas áreas são restritas a associados. O objetivo é mostrar por região da cidade onde se pode fazer grandes economias, ao final de um ano, escolhendo o lugar certo para a compra, conforme o perfil de consumo.