Campanha será trincheira contra recriação do imposto
O movimento XÔ CPMF foi relançado hoje por parlamentares da oposição nesta quarta-feira, 17, em Brasília. A volta da campanha nacional que derrubou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em 2007 é uma resposta à tentativa da presidente eleita, Dilma Rousseff, e de governadores da base aliada de criar um novo imposto para financiar a saúde pública.
"Estamos renovando nosso grito de guerra contra a CPMF. Somos poucos dentre os 513 deputados, mas somos bons. Temos coragem de dizer não ao que é ruim para a sociedade", afirmou o líder do Democratas Paulo Bornhausen (SC).
Para Bornhausen, a regulamentação da Emenda 29, que prevê percentuais fixos de investimentos dos governos na saúde pública, seja o caminho para financiar e melhor o setor. Porém, a aprovação da emenda depende da votação de um ponto que cria a Contribuição Social para Saúde (CSS), um tributo similar à CPMF.
Idealizador do movimento, Bornhausen lançou o livro ?Xô CPMF: A História de uma Vitória da Sociedade?, no qual relata a trajetória que levou à derrubada da contribuição, conhecida também como Imposto do Cheque, há três anos. "Espero não ter motivos para lançar uma edição revisitada deste livro. Mas, se o governo e o PT insistirem, estaremos atentos, na nossa trincheira vitoriosa", disse Bornhausen.
Na internet, a campanha Xô CPMF já mobiliza a sociedade. O site www.xocpmf.com.br é atualizado com informações sobre a discussão da recriação do imposto.
O evento teve a participação de parlamentares contrários à ideia de recriação da CPMF, entre eles do líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), e o deputado Índio da Costa (DEM-RJ). O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, autor do prefácio do livro, também compareceu ao lançamento.
Pellizzaro reiterou a posição dos varejistas em relação à volta da CPMF. "Estamos mobilizando nacionalmente o movimento lojista contra a volta da CPMF?, declarou o presidente da CNDL. "Os governos devem repensar sobre esse tributo", completou Pellizzaro.
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