Foram criados 28.900 novos empregos formais em janeiro no Brasil, segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
O resultado é bastante inferior ao de janeiro de 2011, quando foram geradas 118.895 novas vagas. Houve uma queda de 24,3% no saldo de novas oportunidades na comparação anual.
Já em Santa Catarina, foram criados em janeiro 18.927 novos empregos formais, resultado um pouco superior (1,1%) ao de janeiro de 2012, quando foram criadas 16.401 novas vagas.
Os principais setores responsáveis pelo cenário no Estado foram a indústria de transformação (7.922), os serviços (4.941), a agropecuária (4.668) e a construção civil (2.490).
Enquanto isso, no comércio houve o corte de 2.162 vagas, resultado explicado pelo fim do período de festas de final de ano, época em que a contratação de temporários é muito forte.
O bom desempenho de Santa Catarina em relação a outros Estados do país deve-se à grande contratação de trabalhadores para o campo, impulsionados por um período de safra muito positivo. Entretanto, nos próximos meses, com o fim das colheitas, o resultado catarinense tende a adotar comportamento semelhante ao da média brasileira.
Mesmo com um desempenho nacional fraco, a geração de novas vagas contribuiu para que a taxa de desemprego brasileira caísse na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, chegando ao patamar de 5,4% em contraposição com os 5,5% de 2012, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE.
Na comparação mensal, em função da demissão de parte dos temporários contratados, a taxa cresceu, já que em dezembro era de 4,6%.
Remunerações
Quanto às remunerações, o rendimento médio real habitualmente recebido ficou em R$ 1.820,00, superior em 1% em relação ao rendimento de R$ 1.777,47 de janeiro de 2012.
Este crescimento anual das remunerações fez com que a massa de rendimentos dos trabalhadores ocupados da economia brasileira chegasse a R$ 42,5 bilhões, crescimento de 5,6% em relação a janeiro do ano anterior.
O que os dados indicam é uma acomodação do mercado de trabalho brasileiro. Apesar de haver expectativa de crescimento da atividade econômica, as empresas no ano passado conviveram com uma redução de sua atividade e mantiveram seus quadros de funcionários, ou seja, não demitiram.
Desta maneira, existe um grande contingente de mão de obra ociosa empregada, que será utilizado na retomada da atividade sem a forte necessidade de novas contratações. Além do que, o custo da mão de obra ficou muito alto nos últimos anos, fator que também contribui para este quadro de acomodação.
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