Bruno Breithaupt acredita que para o controle da inflação é necessário reduzir impostos e ajustar o déficit público

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, no fim desta quarta feira (6), pela terceira vez seguida, manter o patamar atual da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 7,25%. 

O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, acredita que o compromisso com o crescimento econômico gera o desenvolvimento do país, e é tão importante quanto a atenção a política de metas de inflação. Por isso, considera acertada a política de manutenção do patamar historicamente baixo dos juros, que permite o avanço da produção e do crescimento econômico.

Breithaupt acredita que para a questão do controle da inflação é necessário um sistemático processo de redução dos custos da atividade econômica por meio de redução dos impostos e um ajuste do déficit público. 

A taxa básica de juros da economia brasileira mantém, então, o menor patamar da sua história recente, alcançado por um processo de redução que se iniciou em agosto de 2011 e, após 10 quedas consecutivas, fixou-se no nível atual em outubro do ano passado.

De acordo com o boletim Focus, a maior parte dos analistas financeiros da iniciativa privada acredita que a Selic deve ser mantida neste patamar, pelo menos no curto prazo. Analistas apontam que o Banco Central, ao retirar o termo, “por tempo prolongado”, em referência à manutenção da taxa de juros, abre espaço para que nas próximas reuniões haja maior flexibilidade para aumento da Selic.

O fator mais importante para esta cautela da autoridade monetária é a atual dicotomia entre necessidade de acelerar o crescimento (0,9% de crescimento do PIB em 2012) e manter o compromisso com a meta de inflação (5,84% de inflação em 2012). A desaceleração do crescimento econômico, ocasionada por um baixo nível de investimento e por uma perda de fôlego do consumo como propulsor do avanço do PIB, e as pressões inflacionárias resultantes tanto do aumento do custo de produção quanto da elevação dos preços das commodities são os pontos críticos da economia brasileira.