Pesquisa mostra que franquias operadas por mulheres chegam a faturar até 32% a mais e revela que a escolha das mulheres pelas franquias se deve ao fato de querer um trabalho onde elas fiquem mais próximas da família.
O mercado de franquias tem forte participação da mulher brasileira. A Rizzo Franchise, uma das mais tradicionais empresas de consultoria e pesquisa sobre franquias da América Latina, que todos os anos realiza pesquisas com franquias para medir o desempenho de franqueados homens e mulheres revela: o faturamento de franquias lideradas por mulheres apresentaram aumento de até 32% a mais do que o faturamento de lojas que são gerenciados por homens.
A pesquisa revela, ainda, que hoje, no Brasil, há 61 mil mulheres à frente do próprio negócio em franquias, de um total de 160.272 franqueados no Brasil e a maioria tem idade entre 36 e 45 anos. Segundo Marcus Rizzo, especialista em Franchising e fundador da Rizzo Franchise, os motivos que levam as mulheres a faturarem mais do que os homens estão nas características da liderança feminina para os negócios. “As mulheres se adaptam melhor aos padrões, são mais organizadas e possuem maior estabilidade com a equipe de funcionários, gerando, assim, menor rotatividade de pessoal”, explica Rizzo.
A pesquisa da Rizzo Franchise entrevistou 41% do total de mulheres franqueadas no Brasil para saber quais foram os principais motivos que fizeram com que elas partissem para a compra de uma franquia. As 4 razões mais apontadas dizem que as franquias oferecem:
• Maior suporte e ferramentas para sua operação
• Mais apoio na localização para a instalação do negócio
• Maior segurança e estabilidade para competir no mercado
• Um trabalho mais próximo da família
Uma rede que reflete bem o sucesso de empreendedorismo feminino é a Onodera, rede pioneira na oferta de estética facial e corporal, com foco no público feminino. Uma das exigências da rede para sua expansão é que os franqueados sejam mulheres ou, no máximo, casais, mas que a mulher esteja sempre à frente do negócio. Lucy Onodera, diretora da empresa, revela que essa exigência se deve pela filosofia da rede que é ter a certeza que as responsáveis por cada unidade acompanharão de perto os resultados e nível de satisfação de todas as mulheres atendidas pela rede. “Se o proprietário for um homem, a cliente não se sentirá à vontade de vê-lo circulando na unidade e conferindo os resultados alcançados com os nossos tratamentos”, reforça a empresária.
A prova de que o gerenciamento feminino está se adequando cada vez mais ao mundo dos negócios é que, mesmo com essa exigência, a rede Onodera, está completando 30 anos de atuação no mercado e já possui 54 negócios operados ppor mulheres.
Outro exemplo de empreendedorismo feminino é a trajetória da empresária Leiza Oliveira, proprietária da Minds English School, rede de franquias de idiomas que possui um método totalmente diferenciado das demais do mercado. Antes da Minds, a empresária possuía outra rede de idiomas, mas seus sócios homens divergiam de suas opiniões de como avançar no mercado.
Percebendo que suas ideias tinham grandes possibilidades de solucionar boa parte dos problemas da empresa, mas que nem sempre podiam ser aplicadas, resolveu partir sozinha para a formação de uma nova rede de franquias do zero.
Provou que estava certa ao querer uma rede de escolas onde o aluno pode agendar suas aulas de acordo com sua disponibilidade e continuar sempre numa turma com alunos do mesmo nível de aprendizado. Em 3 anos, a Minds já abriu 32 unidades franqueadas em diversas localidades do Brasil, com mais 4 inaugurações previstas já para o 1° semestre deste ano.
Onde também não faltam mulheres nas franquias é na maior rede de franquias de bijuterias finas do país – a Morana, marca que leva o nome de sua fundadora de origem coreana. Hoje, a rede conta com 148 unidades espalhadas por todo país com 90% das lojas gerenciadas por casais, mas com intensa participação da esposa. “A participação feminina em um negócio que comercializa produtos para mulheres, com certeza contribui para o sucesso do negócio, ninguém melhor do que elas para entender as necessidades de consumo feminino.
Prova disso é a minha esposa Morana, que no início me ajudou a definir o conceito da empresa, com a venda de bijuterias voltadas para a classe A e B”, explica Jae Ho Lee, proprietário da rede e marido de Morana Lee.
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