O Big Show NRF é realizado, sem interrupções, há 102 anos.
Uma delegação de 40 lojistas catarinenses, liderada pelo presidente da Federação das CDLs, Sergio Medeiros, participa do maior evento de varejo do mundo, em Nova Iorque, desde o último domingo (13), até quarta-feira (16). É o Big Show NRF 2013, realizado ininterruptamente há 102 anos, reunindo quase seis mil empresários, executivos, consultores e acadêmicos de 75 países. Mas o que há de comum entre a economia varejista dos Estados Unidos e a catarinense, capaz de justificar a participação dos lojistas? A ADJORI SC ouviu Sergio Medeiros, empresário de Rio do Sul e presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina.
ADJORI - O que é possível levar deste evento às pequenas empresas do varejo catarinense?
Sergio Alexandre Medeiros - É um engano pensar que a economia dos Estados Unidos é apenas de grandes corporações. Os pequenos negócios têm muita força e existem movimentos que trabalham em favor das empresas de pequeno porte ou da produção artesanal, inclusive com correntes na internet e virais nas redes sociais. Há muitas lições a assimilar, em especial quando o assunto é relacionamento e customização.
ADJORI - Quais as vantagens da pequena empresa nestes aspectos?
SAM – Customizar é adaptar algo de acordo com o gosto ou necessidade de alguém e uma loja de pequeno ou médio porte tem mais facilidade em conhecer as preferências de seus clientes e satisfazê-los. O relacionamento do empresário de uma loja de bairro ou de menor porte é muito mais fácil, porque é feita ‘olho no olho’, transmite mais credibilidade, cliente e fornecedor se conhecem, é algo mais objetivo. As grandes empresas precisam gastar muito pesquisando, planejando e executando as ações, além de correrem maiores riscos.
ADJORI – Algum exemplo foi exibido no evento?
SAM – A Coca-Cola investe cada vez mais na aproximação com os consumidores justamente por que está distante deles, quem vende refrigerantes são os canais como supermercados, restaurantes, bares e lojas de conveniência. No Big Show a Coca exibiu casos de marketing fantásticos, resgatando as histórias de vida de seus clientes, tornando o simples ato de beber um refrigerante uma experiência de vida. E fazem isso porque as corporações enfrentam resistências, os refrigerantes estão sempre sob a suspeita de serem nocivos à saúde etc. É um contraponto à imagem negativa. Mas com simpatia, criatividade e qualidade qualquer pequena loja pode fazer o mesmo, construir experiências de vida com os clientes. Gastando muito menos, é claro.
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