Laboratório da USP fará exames em moluscos da Baía Sul
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A extração de moluscos foi suspensa da Tapera até a Freguesia do Ribeirão da Ilha (Fotos: Debora Klempous/ND)
A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca realizou nesta quarta-feira (16) reunião extraordinária do Comitê Estadual de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves para avaliação das consequências do vazamento de óleo na Baía Sul e sobre o Termo de embargo, interdição e suspensão de atividade emitida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) que determina a suspensão da atividade de maricultura, pesca, extração de ostras, mariscos, berbigões, peixes e crustáceos na área da Tapera até a Freguesia do Ribeirão da Ilha em Florianópolis.
Ficou decidido que, nesta quinta-feira (17), as amostras de moluscos colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) serão entregues ao Laboratório da Universidade de São Paulo (USP) e os resultados devem estar disponíveis em 15 dias.
Os exames feitos pela USP verificarão a presença de substâncias denominadas Bifenilas Policloradas, chamadas também de PCB, nos moluscos da área interditada pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, salientou a importância da agilidade nos resultados dos exames que verificam a presença de PCB nos moluscos para que os maricultores da área interditada possam voltar a produzir.
Na Baía Sul de Florianópolis, estão localizadas 105 áreas de produção, das quais apenas 28 estão interditadas. “Queremos ressaltar que todo produto disponível no mercado é próprio para o consumo e não apresenta o menor risco de contaminação, já que os moluscos das áreas interditadas não foram colhidos”, destaca Rodrigues.
Durante a reunião foram debatidos pontos do Termo de embargo e as responsabilidades da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) na recuperação da área degradada pelo vazamento de óleo. Os maricultores puderam esclarecer suas dúvidas e tratar de pontos importantes para a recuperação do setor. De acordo com o engenheiro sanitarista e ambiental da Celesc, Orlando Foes Neto, a Companhia já trabalha na construção de um plano de recuperação da área degradada que envolve uma investigação ambiental para analisar o grau de contaminação do solo, dos moluscos, do mangue e da água.
O encontro contou com a presença de representantes da Fundação do Meio Ambiente (Fatma); da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc); da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri); da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc); Ministério da Pesca e Aquicultura, além de maricultores e entidades ligadas ao setor.
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