Os consumidores em Itajaí foram os mais econômicos no dia dos namorados em Santa Catarina. Pelo segundo ano consecutivo a cidade teve o menor tíquete médio (R$ 142,08) no estado com presentes, abaixo da média estadual (R$ 167,76), conforme aponta pesquisa de resultado de vendas da Fecomércio SC e Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC).

O acréscimo no faturamento nas primeiras semanas de junho foi de 1,9% e a alta chegou a 10,2% em relação aos meses comuns do ano, o que demonstra a relevância da data para o setor. Por conta da crise os empresários no Vale do Itajaí também foram os mais cautelosos na hora de contratar temporários: apenas 2,8% reforçou o quadro de funcionários para o período.

De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o recuo está alinhado com o momento da economia catarinense e nacional. "As famílias não estão comprando com o mesmo vigor, mas a expectativa é de recuperação da intenção de consumo e confiança no segundo semestre", pontua. Para Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC, o frio mais intenso às vésperas da data beneficiou o comércio. "As baixas temperaturas ajudaram a amenizar uma possível redução ainda mais significativa nas vendas", analisa.

Sob a perspectiva de quem está do lado de dentro do balcão, a pesquisa de preço teve frequência baixa (47%), razoável (28%) e alta (25%). Diferentes das outras cidades pesquisadas, em Itajaí o parcelamento no cartão de crédito foi a forma de pagamento mais usada (61,1%). Os consumidores também compraram à vista: cartão de crédito (19,4%), dinheiro (16,7%) e débito (2,8%).

Os resultados de vendas foram levantados com empresários de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville e Lages nos setores de vestuário/ calçados, floriculturas, joalherias, perfumes/ cosméticos, hotel/motel, loja de departamento, restaurante e especializada em chocolates.

Avaliação do consumidor

Outro indicador levantado pelas entidades é a avaliação do consumidor, que pondera desde o atendimento até a efetivação da compra. De acordo com a pesquisa 63,8% dos consumidores contatados garantiu o presente, mas o percentual de desistência aumentou 19,4% - passando de 16,8% em 2015 para 36,2% neste ano -, o que pode estar relacionado às atuais condições da renda, da inflação e do acesso ao crédito, que desestimularam o consumo.

Os segmentos do vestuário (33,8%) e de perfumes/ cosméticos (21,1%) lideraram a preferência, embora o maior gasto médio foi com joias (R$ 497,94). Os consumidores atribuíram boas notas para o atendimento na data: 8,93 para o comércio e 8,83 para serviços.