Além de estar mais otimista em relação aos próximos meses, avaliação dos industriais sobre as condições atuais da economia também melhorou.
O índice de confiança da indústria catarinense voltou a crescer, segundo a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela FIESC nesta terça-feira (21). O ICEI de julho teve uma recuperação de 7,1 ponto em relação ao levantamento realizado em abril, subindo de 47,3 pontos para 54,4 pontos. É a primeira vez desde outubro de 2008 que o índice apresenta crescimento.
Para o presidente em exercício da FIESC, Glauco José Côrte, o dado mais importante é que o índice de confiança reverteu a tendência de queda dos trimestres anteriores. Para ele, isso é o resultado da melhoria do desempenho da indústria catarinense. "Este resultado reforça a confiança do industrial na retomada do crescimento da economia catarinense e brasileira. Mas apesar da melhora, a economia ainda passa por um período difícil devido à retração no consumo e à dificuldade de acesso ao crédito, particularmente para as pequenas e médias empresas", avalia.
O ICEI, medido trimestralmente, varia no intervalo de 0 a 100, revelando confiança quando o resultado fica acima de 50 e falta de confiança quando fica abaixo disso. A avaliação sobre as condições atuais da economia também aumentou em relação à última pesquisa. Dos 30,5 pontos registrados em abril, o índice que avalia as condições atuais da economia e da empresa subiu para 43 pontos em julho. A expectativa dos industriais também aumentou. Os 55,7 pontos registrados em abril, cresceram para 60,2 pontos em julho.
A junção das taxas de condições atuais e expectativas com seus respectivos pesos resultaram no índice de confiança de 54,4 pontos em julho. O indicador nacional ficou em 58,2 pontos neste mesmo período de análise.
Segundo o levantamento, realizado com 117 empresas de pequeno, médio e grande porte, o principal problema enfrentado pelas indústrias do estado no segundo trimestre de 2009 é a falta de demanda. Em seguida aparecem a elevada carga tributária, a competição acirrada de mercado, a falta de capital de giro e os juros elevados. Para 18,6% dos executivos o acesso ao crédito esteve muito difícil no trimestre, para 42% difícil e para 38,4% normal.
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