A delegação brasileira, liderada pela Federação catarinense, encerrou nesta terça-feira (20) a missão empresarial com visitas técnicas a empresas em Shenzen

A agressividade dos chineses para vender produtos no comércio internacional, a habilidade para negociar com clientes e os preços baixos dos produtos surpreenderam os integrantes da missão empresarial brasileira à China. Liderada pela Federação das Indústrias (FIESC), a delegação encerrou nesta terça-feira (20) a missão ao país asiático com visitas técnicas a empresas na cidade de Shenzen.

Segundo o empresário do setor elétrico Hans Bethe, a missão abriu horizontes e trouxe novas perspectivas. "Acredito que daqui para frente o que eu pensava já deixei de pensar, agora penso diferente e vou focar em produtividade", afirmou.

Empresários que participaram da missão destacaram o modelo de negócio e a competitividade. "O chinês sabe negociar e vender", afirmou o empresário do setor químico Germano Maragno. Para ele, a Canton Fair ofereceu possibilidades de novas parcerias. De acordo com a organização da feira, os países que mais geraram negócios foram Hong Kong, Malásia, Irã e Taiwan.

Nos 14 dias de missão, a comitiva, composta por 70 participantes do todo o Brasil, também fez visitas técnicas a empresas e centros tecnológicos. Entre as companhias que a delegação conheceu estão a terceira maior indústria de cerveja da China, a Zhujiang Brewery Group e a sede da Embraco no país.

O grupo participou de seminários em que foram apresentadas as oportunidades de novos negócios entre Brasil e China. Durante um evento em Guangzhou, pólo industrial no sul do país, o vice-presidente regional da FIESC Guido Búrigo, que acompanhou a missão, apresentou as potencialidades do Brasil como um parceiro comercial.

"O país e a feira são extraordinários. Que a China sirva de modelo para os empresários brasileiros. Precisamos estar atentos e buscar espaços no mercado mundial, ressaltou Búrigo.

Esta foi a sexta missão da FIESC ao país e a terceira em que a entidade articulou missão da rede de Centros Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI).