Entre 2003 e 2012, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 27,2%

A média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.793,96, a mais alta desde 2003, o que correspondeu a um crescimento de 4,1%, em relação a 2011.

Entre 2003 e 2012, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 27,2% (em 2003 era de R$ 1.409,84). O rendimento domiciliar per capita aumentou de 2011 para 2012 (R$ 1.211,33) em 5,2%. De 2003 para 2012, o crescimento chegou a 42,6%.

A massa de rendimento real habitual (R$ 42,7 bilhões) apresentou queda de 1% em relação a novembro. Em comparação a dezembro de 2011, a massa cresceu 6,5%.
A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 46,2bilhões), estimada em novembro de 2012, subiu 7,3% no mês e 6,7% no ano.

A massa de rendimento real mensal habitual (média anual) estimada para 2012, em R$ 41,5 bilhões, nas seis regiões metropolitanas, resultou em um aumento de 6,2% em relação a 2011 e 57% na comparação com 2003.

Disparidades

A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos.

Em 2012, em média, as mulheres ganhavam em torno de 72,7% do rendimento recebido pelos homens (R$ 1.489,01 contra R$ 2.048,34). A menor proporção foi a registrada em 2007, de 70,5%.

O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, entre 2003 e 2012, teve um acréscimo de 46,0%, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 26%.

Mas a pesquisa registrou, também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em média, em 2012, pouco mais da metade (56,1%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca - as médias anuais do rendimento foram de R$ 1.255,92 para os trabalhadores de cor preta ou parda, enquanto a dos trabalhadores de cor branca foi de R$ 2.237,14.

Em 2011, esta razão era 54,2%. Destaca-se que, em 2003, não chegava à metade (48,4%).

De 2011 para 2012, o rendimento aumentou em todas as formas de inserção: trabalhadores por conta própria (6,7%); trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (3,4%); militares e funcionários públicos estatutários (2,7%) e empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (2,6%). Para os empregadores foi registrada queda de 1,2%.

Atividades

O mesmo ocorreu nos grupamentos de atividade, todos apresentaram ganho no poder de compra do rendimento do trabalho. Em termos percentuais, os grupamentos com os maiores aumentos foram os que tinham os menores rendimentos.

No período de 2011-2012, houve ganho no rendimento dos grupamentos: Serviços domésticos, 7,6%; Construção, 4,6%; Comércio, 4,2%; Outros serviços, 3,8%; Indústria, 3,6%; Serviços prestados às empresas, 3,5%, Educação e saúde, 3,4%.

Nos serviços domésticos, na comparação 2003- 2012, foi verificado o maior aumento entre os grupamentos, 53,2%. Ainda em relação a 2003, outro grupamento de destaque foi o da construção, composto em sua maioria por pedreiros, que apresentou ganho de 43,5%, neste período.

O rendimento domiciliar per capita aumentou 5,2% de 2011 (R$ 1.085,66) para 2012 (R$ 1.211,33). De 2003 para 2012, o crescimento chegou a 42,6%.

A massa de rendimento real mensal habitual (média anual) estimada para 2012, em R$ 41,5 bilhões, nas seis regiões metropolitanas, resultou em um aumento de 6,2% em relação a 2011. Na comparação com 2003, o aumento chegou a 57,0%.