França estreitará relações com o agronegócio catarinense
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José Zeferino Pedrozo, Stéphane Mousset e Nelton Rogério de Souza. (Fotos: )
Uma reunião esta semana entre o cônsul econômico em São Paulo da Embaixada da França no Brasil, Stéphane Mousset, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, estabeleceu incremento dos negócios bilaterais Brasil-França na área de grãos.
A produção de grãos, especialmente soja, além de carnes e vinho despertou o interesse francês. Pedrozo resumiu o atual quadro da produção de grãos em Santa Catarina. Disse que o estado e o Brasil vivem um bom momento. “Faz muito tempo que os produtores não passavam por um período tão favorável”. Por isso, ele prevê supersafra em 2013.
O Cônsul quis saber o tamanho das propriedades em Santa Catarina e Pedrozo expôs que a maioria é formada por pequenas propriedades. O presidente explicou que no setor de grãos, a produção de milho é insuficiente para abastecer o gigantesco parque agroindustrial barriga-verde e Santa Catarina é obrigada a comprar boa parte do insumo em outros Estados ou no exterior. Quanto à soja, o presidente da FAESC disse que o estado produz o que consume e não há problemas de demanda represada.
O vice-presidente Nelton Rogério de Souza falou sobre o mercado de carnes e ressaltou o status sanitário catarinense como região livre da febre aftosa sem vacinação. Esse fator acaba beneficiando os produtores de suínos e aves. A pecuária intensiva de corte vive um bom momento e deve melhorar, especialmente se confirmada a intenção dos japoneses em comprar a carne suína do estado.
O vice-presidente explicitou o sistema de controle de qualidade na produção de carne com o sistema de rastreabilidade do produto. Em relação à pecuária leiteira, Nelton destacou que o setor carece de investimento em tecnologia para que o produto catarinense seja competitivo no mercado internacional. Apesar disso, enfatizou o crescimento de 15% na produção de leite no ano passado, um dos mais altos do país.
Ao final do encontro, o presidente da FAESC reivindicou ao cônsul a retomada de um antigo convênio da entidade com a França para a importação de sêmen e embrião do gado charolês, raça muito cultivada no sul do Brasil.
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