Em Brasília, representantes da categoria esperam receber do governo uma proposta de tabelamento do frete. Se não houver acordo, uma nova greve pode ser deflagrada
Isso porque, nem mesmo o decreto presidencial do dia 17, que regulamenta a Lei dos Caminhoneiros, foi capaz de atender as demandas da categoria, que fez uma greve de cerca de duas semanas em fevereiro.

O principal ponto de divergência entre caminhoneiros e governo é, sem dúvida, a criação de uma tabela de frete. Enquanto os profissionais apontam o preço mínimo para as viagens como fundamental para a sobrevivência no setor, no final de março o ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues se preocupava com o respaldo constitucional da tabela.

É o resultado de um estudo sobre esse aspecto que deve ser apresentado na reunião de hoje, em Brasília. "A gente espera que o governo aceite as nossas reivindicações. A gente não quer fazer nova greve, mas depende do governo", observa o caminhoneiro Vilmar Bonora, que foi um dos líderes do movimento grevista em São Miguel do Oeste.

Bonora vai participar da reunião com representantes do Governo Federal e já adianta que "está nas mãos deles agora a definição de como será o cenário brasileiro nos próximos dias. A categoria estaria preparada para uma greve nacional. "Quem prejudica a população é o governo, que não atende a nossa demanda", analisa.