Fiesc incentiva empresas a buscarem mais espaço na cadeia de petróleo e gás
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O seminário de lançamento do comitê foi realizado na sede da Fiesc, em Florianópolis (Fotos: Filipe Scotti)
Durante seminário, o Sistema Fiesc lançou o Comitê de Petróleo e Gás para incentivar empresas catarinenses a aumentar a participação como fornecedora de bens e serviços do setor, que deve investir US$ 400 bilhões até 2020
Para que a indústria de Santa Catarina possa aumentar sua participação na cadeia de fornecimento do setor de óleo e gás, o Sistema Fiesc lançou nesta quinta-feira (31) o Comitê de Óleo e Gás, que será presidido pelo gerente de relações institucionais de comércio da Weg, Edgar Cardoso da Silva. Até 2020, o segmento de óleo e gás prevê investir US$ 400 bilhões para atender a crescente demanda do setor em todo o País.
No seminário de lançamento do Comitê, realizado em Florianópolis, o presidente da entidade, Glauco José Côrte, disse que além de alavancar a participação da indústria do Estado nos investimentos programados, o comitê terá a missão de promover a articulação com universidades e centros de pesquisa visando ao desenvolvimento tecnológico dos fornecedores para atender as necessidades do setor. "Como sabemos, o Brasil está numa fase de grande crescimento na atividade de óleo e gás com investimentos expressivos. Essa rápida expansão traz muitos desafios envolvendo inúmeras questões tecnológicas. A grande questão é que todos os equipamentos utilizados na cadeia tem que ser cada vez mais inteligentes e autônomos sem comprometer a segurança operacional e a eficiência do setor", disse ele destacando que o Sistema Fiesc, por meio do Senai, vai instalar em Florianópolis um instituto de inovação em sistemas embarcados com o objetivo de promover a pesquisa em software e hardware para atender à indústria.
"O papel maior do Comitê é justamente ter uma agenda da indústria de Santa Catarina que favoreça as empresas de todos os portes a serem fornecedoras da indústria nacional. É oportuna a iniciativa da Fiesc de criar o Comitê porque ao longo da cadeia são muitos segmentos de atuação. Hoje, o volume de investimentos é de aproximadamente 60% do total de investimentos em infraestrutura do país", afirmou Edgar.
Durante o seminário, o superintendente da Organização Nacional do Petróleo (ONIP), Luis Fernando Frutuoso, apresentou um estudo elaborado a pedido da Fiesc que mostra que, no curto prazo, as empresas de base tecnológica e os estaleiros para construção de barcos de apoio e reparo naval são os negócios dentro da cadeia de óleo e gás mais atrativos para o Estado.
O trabalho também considera que a instalação de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) é estratégica para o Estado devido à repercussão em outros segmentos, ao eliminar gargalos referentes à matéria-prima de áreas como a petroquímica e fertilizantes, que podem usar fontes permanentes de suprimento de gás natural. O levantamento ressalta ainda que o terminal de GNL é importante para a segurança no abastecimento regional para termelétricas e outros usos industriais.
"Serão necessários 296 barcos (embarcações de apoio) e Santa Catarina está preparada para fazer isso. Muitas empresas estão consolidadas. Entendemos que o Estado tem vocação para construir novas embarcações e fazer reparo naval, que é bastante atrativo", afirmou Frutuoso.
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