Entidade e distribuidora vão buscar apoio de empresas e governos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e a SCGás definiram medidas conjuntas buscando alternativas para resolver a situação crítica do abastecimento de gás nos três Estados do Sul. Este é o resultado de reunião realizada nesta terça-feira (28), em reunião na FIESC, entre o presidente da entidade, Glauco José Côrte, e o presidente da distribuidora, Cosme Polêse.
Entre as ações definidas está a realização de um estudo aprofundado de demanda. A proposta será levada às federações industriais e às distribuidoras do Paraná e do Rio Grande do Sul, para que o trabalho contemple os três Estados do Sul. O plano apresentado no encontro foi realizar um seminário após a conclusão do estudo, convidando também potenciais investidores privados, inclusive internacionais, para participar da ampliação da oferta do insumo no Sul do País. "Na falta de investimentos da Perobras em gás natural a participação privada poderia ser uma alternativa", disse Côrte.
"São muitos atores neste setor e falta uma estratégia nacional de desenvolvimento, um posicionamento de governo que dê tranquilidade a investidores quanto ao retorno desses investimentos", afirmou Otmar Müller, presidente da Câmara de Assuntos de Energia da FIESC.
Independentemente disso, a FIESC e a SCGás também farão contato com as federações industriais e distribuidoras dos Estados vizinhos para incluir projetos estruturais para gás no Sul no Plano de Expansão da Malha de Transporte Dutoviária (Pemat) do governo federal. Entre os projetos vistos como mais importantes estão a recompressão do gasoduto Bolívia - Brasil, para ampliar a capacidade de transporte, e um terminal de gás natural liquefeito, antiga bandeira da FIESC para dar segurança ao abastecimento.
Um dos desafios destacados pela SCGas para viabilizar novos projetos está na coordenação de toda a cadeia, desde a produção e transporte, até o consumo do gás.
Apesar da situação estrutural crítica, Polêse assegurou que não faltará gás para os atuais consumidores da distribuidora em 2014. "Nós temos que fazer a gestão da melhor forma e isso implica fazer ajustes. Tem empresa que não está utilizando todo volume de gás que contratou. Tem uma reserva. Esta reserva pode ser interessante para outra indústria que está precisando. Estamos, e vamos continuar, fazendo esse ajuste no curto prazo, para elevarmos a capacidade de atender as indústrias de Santa Catarina", garantiu Cosme Polêse.
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