Fiesc apresenta o estudo ?Desempenho e Perspectivas da Indústria?
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(Fotos: Douglas Rossi / Agência Adjori)
Pesquisa traz informações sobre os investimentos da indústria em 2013, perspectivas para este ano e para o triênio 2014 ? 2016.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina, Fiesc, apresentou na tarde desta quarta-feira (09), a 14ª edição da publicação Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense. O estudo, realizado com o apoio do BRDE, reúne informações sobre os investimentos realizados pela indústria em 2013, as perspectivas para este ano e a previsão para o triênio 2014 - 2016. Conforme apurado pela Agência Adjori de Jornalismo, a previsão é de que este ano seja encerrado com um investimento de R$ 2,48 bilhões, representando um valor 27% maior do que o registrado em 2013. Destaque para a capacitação de pessoal e inovação tecnológica.
Conforme a pesquisa, os setores com os maiores orçamentos para investimentos no decorrer deste ano são os de máquinas e materiais elétricos (R$ 667,9 milhões), seguidos de produtos alimentícios (R$ 591,4 milhões) e metalurgia (R$ 296,9 milhões). Os recursos serão investidos prioritariamente em três áreas: aquisição de máquinas e equipamentos (80%); atualização tecnológica (68%) e ampliação da capacidade produtiva (56%).
Conforme o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, os investimentos estão diretamente relacionados à incorporação de novas tecnologias. Ele explica que o fato dos itens “ampliação da capacidade produtiva” e “atualização tecnológica” estarem à frente de “ampliação de instalações/construção civil”, revela uma característica do industrial catarinense. “Nos últimos anos tem havido uma maior destinação dos recursos nessas áreas, sendo considerada uma tendência importante: dar prioridade a investimentos que agreguem valor e que melhorem o produto”, disse Côrte.
Entre os fatores que preocupam os empresários do setor industrial neste ano, e que podem afetar os investimentos previstos, estão: a retração do mercado interno; a instabilidade econômica; a carga tributária e os custos de infraestrutura. Em relação aos itens que devem ser priorizados pelo governo, os industriários apontam: a infraestrutura logística, Reforma Tributária e redução da burocracia.
No triênio 2014 - 2016, a previsão é de que os investimentos da indústria catarinense alcancem o valor aproximado de R$ 3,8 bilhões, resultando na geração de 16 mil empregos. O maior número de vagas deverá estar concentrado nos setores de máquinas e materiais elétricos e alimentos.
Investimentos
O estudo Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense aponta que os investimentos têm origem, basicamente, em duas principais fontes: recursos próprios ou acessados por meio de bancos de fomento, como o BRDE. Renato Vianna, diretor financeiro da instituição, explica que em 2013 o banco investiu cerca de R$ 2,2 bilhões em financiamentos de projetos em Santa Catarina. Deste valor, 54% foram acessados pelo setor industrial, com destaque para a fábrica da BMW, com empréstimo no valor de R$ 240 milhões.
Vianna ressalta que, com a instalação da planta industrial da BMW, em Araquari, a cadeia produtiva no Norte do Estado deverá ser ampliada, gerando novos postos de trabalho. O diretor também aponta para o aumento dos investimentos em tecnologia.
O estudo, que teve o apoio do BRDE, está disponível para download em PDF no site da Fiesc.
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