Lojas físicas não devem perder tanto espaço para o comércio on-line, como muitos prevêem
A feira da NRF 2011 (National Retail Federation ? Federação Nacional do Varejo nos Estados Unidos), que acontece até esta quarta-feira (12/01) em Nova Iorque, tem mais de 10 mil metros quadrados e não traz só as inovações que antecipam o futuro breve e o remoto, mas também é o símbolo do empreendedorismo norte-americano. Grandes redes de lojas e indústrias estão associadas a empresas, universidades e centros desenvolvedores de tecnologia, o que resulta em ganhos para todos, além de empregos e renda. E mostram que as lojas físicas não devem perder tanto espaço para o comércio on-line, como muitos prevêem. Confira a entrevista com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL SC), Sergio Medeiros, que liderou o grupo de catarinenses na NRF 2011.
Aqui é possível saber o que será a loja do futuro?
Sergio Medeiros ? Sim e em um futuro muito breve. O relacionamento com o consumidor será muito virtual, mas nas próprias lojas. A Intel mostrou soluções desenvolvidas com outros gigantes da indústria e varejo - Adidas, Gilette, Best Buy - e centros de tecnologia como o Massassuchetts Institute Technology (MIT). O touch screen, ainda pouco incorporado no Brasil, está ficando para trás. A ?onda? é a tecnologia motion: o cliente fica diante de um painel com os produtos e o movimento das mãos é captado por uma câmara. Todas as informações do produto ? composição, preço, peso, disponibilidade em estoque, promoção ou condições de pagamento e o desfecho da compra, pagando com um cartão de crédito virtual ? surgem no painel, sem que ele seja tocado. E com um aplicativo, oferecido pela loja ou fabricante do produto, as operações são feitas no celular, desde que seja um smart phone, é claro.
Ou seja, as lojas físicas ainda têm vida longa?
SM ? Sem dúvida! O comércio eletrônico vai crescer muito, porém não substituirá a compra no ponto de venda, que será mais sofisticado em tecnologia. O cliente entrará na loja e o relacionamento será via celular. O smart phone terá um aplicativo que o transformará em leitor de código de barras e o auto-atendimento será completo, sabendo de preço, disponibilidade em estoque, formas de pagamento, promoções relâmpagos e pontuação por fidelidade etc. O pagamento será via cartão, igualmente incorporado ao celular.
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