A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) promoveu, nesta semana, no Hotel Castelmar, em Florianópolis, um curso sobre elaboração de projeto dentro dos requisitos exigidos pela linha de financiamento do Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono – que dispõe de R$ 3,5 bilhões para ações nesta safra.
O curso capacitou técnicos agrícolas, agrônomos, engenheiros florestais, engenheiros ambientais e veterinários e foi ministrado pelo engenheiro agrônomo Admar Refatti com participação da coordenadora do projeto ABC na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Camila Sande.

O curso é promovido pela CNA, com apoio da Faesc. Serão disponibilizados 27 treinamentos em todo o território nacional. Para subsidiar as ações, o Projeto ABC – Capacitação elaborou uma cartilha com apoio do Banco do Brasil.

“O Brasil está dando um exemplo ao mundo que detém uma agricultura moderna, eficiente e ecologicamente responsável. O plano para a consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura contempla uma série de ações, entre as quais o financiamento de investimentos no setor produtivo da agropecuária que contribuam para a redução da emissão de gases de efeito estufa”, observa o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo.

O curso faz parte das ações desenvolvidas no Projeto ABC – Capacitação, realizado pela CNA em parceria com a Embaixada do Reino Unido e o apoio do Ministério da Agricultura, Embrapa e Banco do Brasil. Em 2011, foram realizados quatro seminários, no Brasil, voltados a sensibilizar mais de 500 produtores e técnicos sobre a importância das boas práticas na produção e a divulgação da linha de financiamento do Governo Federal para o uso das tecnologias de baixa emissão de gases de efeito estufa.

O programa financia as práticas e tecnologias adequadas e garante ao produtor maior capacidade de pagamento, pois o crédito é oferecido com prazos de carência e de pagamento diferenciados, além de taxas de juros mais baixas.

ÁREAS
A linha de crédito tem como finalidade financiar a recuperação de áreas e pastagens degradadas; implantar sistemas orgânicos de produção agropecuária; melhorar os sistemas de plantio direto na palha e de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta. Além disso, objetiva a implantação, manutenção e manejo de florestas comerciais, inclusive aquelas destinadas ao uso industrial ou à produção de carvão vegetal; adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental, recuperação da reserva legal de áreas de preservação permanente e o tratamento de dejetos e resíduos, entre outros, além da implantação de planos de manejo florestal sustentável.