Engenheiro Fernando José Camacho participou da reunião da Câmara de Transportes e Logística que discutiu o potencial do modal e também apresentou situação dos aeroportos catarinenses

A retomada das hidrovias em Santa Catarina foi defendida na Federação das Indústrias (FIESC) na quinta-feira (20) pelo engenheiro Fernando José Camacho, durante reunião da Câmara de Transporte e Logística. Entre as vantagens do transporte hidroviário estão a maior eficiência energética, capacidade de concentração de cargas, vida útil da infra-estrutura, dos equipamentos e veículos, segurança da carga e controle fiscal. De outro lado, o modal permite menor consumo de combustível, emissão de poluentes, reduz os congestionamentos de trânsito e acidentes, tem custos mais baixos de infra-estrutura e operacionais, além de menor impacto ambiental e emissão de ruído, defendeu Camacho. "Com encontros como esses, a FIESC cumpre seu papel de animar o debate acerca de questões importantes como essas", disse o presidente da instituição, Alcantaro Corrêa.

Camacho fez um resgate histórico do modal, que já foi importante na matriz de transporte em Santa Catarina. O engenheiro, que é diretor-geral da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joinville e especialista na área portuária, defendeu como prioridades para desenvolver as hidrovias no estado a necessidade de regular o transporte hidroviário de passageiros e de cargas, criar a estrutura de governo para gerir a política hidroviária do estado, estudar o potencial hidroviário catarinense - considerando questões como extensão, calado, vazão e obstáculos -, estabelecer incentivos ao desenvolvimento e estimular a construção naval artesanal, para evitar o desaparecimento de estaleiros familiares em Barra do Sul e Tijucas. Outros aspectos importantes, conforme Camacho, são compatibilizar os projetos hidroviários e os de geração de energia com o aproveitamento hidroviário urbano de passageiro, como em Joinville, Florianópolis e Itajaí.

Outro assunto da reunião foi a situação atual e as perspectivas para os aeroportos de Florianópolis, Navegantes e Joinville e os regionais. A superintendente do Aeroporto Hercílio Luz, Maria Edwirges Madeira, disse que o novo terminal de passageiros será concluído em 2012, com capacidade para 2,7 milhões de passageiros por ano. E ressaltou que ele poderá receber ainda outros três módulos, para ampliar a capacidade de atendimento. O investimento para esta primeira etapa é de R$ 300 milhões e inclui cinco fingers (para acessos às aeronaves).