A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21/07) pela CNI foi realizada com 1.513 empresas (891 pequenas, 415 médias e 207 grandes)
Pela primeira vez em 2009 o empresário da indústria brasileira está confiante, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), pesquisa trimestral realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI teve uma recuperação de 8,8 pontos nesta edição na comparação com a pesquisa anterior, de abril, tendo subido de 49,4 pontos para 58,2 pontos. No mesmo mês de 2008, o indicador fora de 58,1 pontos. Pela metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança e valores acima denotam confiança.
Segundo a avaliação feita pela CNI sobre os resultados da pesquisa, “o crescimento do ICEI em julho corrobora a reversão das expectativas negativas e anuncia a recuperação da atividade industrial”. Para a CNI, com a confiança maior os empresários deverão retomar investimentos e aumentar a produção.
A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (20/07) pela CNI foi realizada com 1.513 empresas (891 pequenas, 415 médias e 207 grandes), entre os dias 30 de junho e 17 deste mês.
O indicador cresceu em julho entre os empresários dos três portes de empresas. Nas grandes empresas, o índice passou de 51,8 pontos em abril para 59,4 pontos em julho. No mesmo período do ano passado, o número era de 59,9 pontos. Entre as médias, cresceu de 48,8 pontos em abril para 58,5 pontos. Entre as pequenas, saiu de 46,8 pontos na pesquisa anterior para 56,2 pontos.
A recuperação da confiança também foi disseminada entre os setores de atividades pesquisados. Dos 27 setores industriais, 25 apresentaram aumento da confiança do empresário. Na pesquisa anterior, um terço dos setores teve índice acima dos 50 pontos.
A maior confiança foi registrada entre os empresários do setor de outros equipamentos de transporte, com 63,5 pontos. Foi seguido do setor de equipamentos hospitalares e de precisão, com 62,8 pontos, e de limpeza e perfumaria, com 62,2 pontos. Os que registraram os menores indicadores de confiança foram os de couro (44 pontos), madeira (47,4 pontos) e papel e celulose (51,9 pontos).
Expectativas
A expectativa dos empresários com relação aos próximos seis meses também melhorou, de acordo com o ICEI calculado pela CNI. Esse indicador ficou em 63,6 pontos em julho, ante 61,6 pontos no mesmo mês de 2008 e 57,6 pontos em abril. A expectativa do empresário em relação à economia brasileira saiu de 52,3 pontos em abril para 60,6 pontos na atual edição. Em relação à própria empresa, a expectativa para os próximos seis meses é ainda maior, tendo saído de 60 pontos em abril para 65,1 pontos em julho.
Quando questionado sobre as condições atuais, o empresário ainda se mostrou desconfiado, mas menos pessimista do que na pesquisa anterior. Esse indicador saiu de 33,2 pontos, ou seja, muito negativo, para 47,2 pontos, ainda negativo mas próximo da linha dos 50 pontos.
Em relação às condições atuais da economia brasileira, o indicador saiu de 27 pontos em abril para 45,7 pontos em julho. No mesmo período de 2008, era de 47,1 pontos. Em relação às condições atuais da própria empresa, o indicador saiu de 36,1 pontos em abri para 48 pontos na pesquisa atual (em julho do ano passado, era de 53,2 pontos).
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