Economia de Santa Catarina inicia 2021 com confiança e expectativa em alta
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(Fotos: Ricardo Wolffenbüttel/Secom)
Índices de desempenho econômico de fevereiro mostram dados positivos, mas restrições e aumento de casos ameaçam retomada
Em meio ao caos no sistema de saúde nos três primeiros meses de 2021, Santa Catarina apresenta bons números no cenário econômico. Um dos mais recentes é a taxa de desocupação, medida pelo IBGE, que caiu de 6,6% para 5,3% no último trimestre de 2020. Com a queda, o número de desocupados no Estado passou de 242 mil para 196 mil, redução de 19%.
Os dados mostram ainda que o crescimento do emprego foi acompanhado do crescimento da informalidade. O volume de funcionários sem carteira assinada avançou no período (+49 mil) na comparação com os que têm carteira assinada (-21 mil). Além disso, a massa de trabalhadores por conta própria bateu recorde: 868 mil, o maior número da história. No rendimento, também houve pontos positivos, diz o IBGE. Os ganhos recebidos pelo catarinense no último trimestre de 2020 foram de R$ 2.786, levemente superior aos R$ 2.769 de antes da pandemia.
O bom momento do mercado de trabalho é refletido no setor de comércio e serviços: 67,7% dos empresários da área pretendem aumentar o quadro de funcionários nos próximos meses. Na contramão, 32,2% cogitam reduzir o número de empregados. Isso porque a maioria (86,9%) acredita que a economia brasileira vai melhorar um pouco ou muito no futuro; 13,1% prevê piora leve ou grave. Os dados, apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC), apontam também que a confiança do empresário do setor permanece em alta: marcou 119,5 pontos, na escala de 0 a 200.
"As condições econômicas melhoraram porque a geração de emprego foi grande. Isso conseguiu, de certa forma, promover renda", disse o economista da entidade, Leonardo Regis. Apesar disso, ele alerta que o avanço da pandemia e a suspensão de atividades deve trazer efeitos negativos e incertezas.
Na indústria, o destaque foi o aumento na produção de 10,1% em janeiro de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o IBGE. "Isso mostra uma recuperação importante depois das quedas no ano passado e um desempenho muito importante da indústria como um todo, e em particular da indústria exportadora", disse o diretor de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), José Eduardo Fiates.
A entidade aponta ainda que, em fevereiro, o índice de intenção de investir na indústria chegou ao maior patamar dos últimos cinco anos para o mês: 73 pontos, na escala de 0 a 100, o que reflete otimismo com o futuro do setor.
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